O número de imóveis sem fornecimento de energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo chegou a 55.308 endereços na manhã desta quarta-feira (17). Do total, 30.561 clientes estavam concentrados na capital paulista, que voltou a registrar fortes chuvas a partir da tarde de terça-feira (16), agravando a instabilidade no sistema, segundo levantamento divulgado pela Folha de S.Paulo.
Não foi possível identificar quantos desses imóveis ainda sofrem impactos remanescentes do apagão da semana passada. Na ocasião, cerca de 2,2 milhões de clientes ficaram sem energia na área atendida pela concessionária.
A Enel não se manifestou diretamente até a publicação do levantamento. Em nota divulgada em seu sítio, a empresa informou que o fornecimento de energia já foi restabelecido “para 99% dos clientes que tiveram o fornecimento afetado pelo ciclone”.
A concessionária também alertou para a possibilidade de novos transtornos nos próximos dias. Segundo a Enel, uma frente fria deve provocar “chuvas generalizadas, associadas com rajadas de ventos e descargas atmosféricas” em toda a área de concessão. Diante do cenário, afirmou: “ativamos nosso plano de contingência, com reforço das equipes em campo e dos canais de atendimento, para garantir o suporte necessário em caso de ocorrências”.
Na terça-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), anunciaram que vão acionar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar o processo de caducidade do contrato da Enel em São Paulo, com pedido de rompimento da concessão por prestação ineficiente do serviço. A reunião ocorreu no Palácio dos Bandeirantes e durou mais de duas horas, a portas fechadas.
Enel tem contrato cancelado e escancara fracasso da privatização





