A Autoridade Palestina (AP), entidade dirigida pelo capacho do sionismo Mahmoud Abbas, anunciou, no primeiro dia do ano de 2025, a suspensão das operações da emissora catariana Al-Jazeera na Cisjordânia ocupada, alegando supostas violações das leis palestinas. Assistida em mais de 130 países, sendo a principal emissora da península arábica, a Al Jazeera é o órgão que denuncia os crimes de “Israel” na Faixa de Gaza que possui o maior alcance no mundo.
Segundo a agência de notícias oficial da Autoridade Palestina, a Wafa a decisão foi tomada devido à “manipulação, interferência nos assuntos internos e disseminação de reportagens enganosas e incendiárias” pela Al Jazeera. A AP declarou que a suspensão seria temporária, enquanto a rede se ajustasse às regulamentações legais.
A Al Jazeera, por sua vez, condenou a decisão e a associou a uma campanha mais ampla contra seus jornalistas, incluindo seu correspondente Mohammed al-Atrash.
Nos últimos meses, o cerco da Autoridade Palestina à Resistência tem aumentado, como resposta da entidade à sua crise, cada vez maior. A Al Jazeera, embora tenha uma linha editorial bastante moderada, cobriu parte dos ataques covardes da AP contra a Resistência Palestina no campo de refugiados de Jenin.
A AP afirmou abertamente que o objetivo era restaurar a ordem e erradicar a Brigada de Jenin e outros grupos, que classificou como “fora da lei” e como “gangues iranianas” atuando no campo de refugiados de Jenin.
Pelo menos nove pessoas foram mortas, entre elas crianças, forças de segurança da AP e comandantes da Brigada de Jenin.
A suspensão da Al Jazeera na Cisjordânia ocupada segue a mesma política do chefe do senhor Mahmoud Abbas, o Estado terrorista de “Israel”. Em 5 de maio de 2024, o governo israelense ratificou a decisão de fechar a Al Jazeera em nos territórios ocupados por “Israel”, fechando seus escritórios, apreendendo equipamentos de transmissão, desconectando o canal de provedores de cabo e satélite e restringindo o acesso aos seus sites.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu afirmou que a Al Jazeera havia “prejudicado a segurança de Israel e incitado contra os soldados”, classificando a emissora como “um porta-voz do Hamas”.
Entre os alvos preferenciais de “Israel” na guerra genocida contra o povo palestino, estão os jornalistas, responsáveis por desmascarar as mentiras do sionismo contra a resistência palestina. “Israel” já assassinou mais jornalistas do que todos os países que participaram da Segunda Guerra Mundial o fizeram em quatro anos. Mais de 170 jornalistas da Al Jazeera foram mortos desde 7 de outubro de 2023.