Coluna

Aos heróis e heroínas da flotilha

Contra a guerra: berra, ruge, inflama, insurge, urge, é agora ou nunca, surge: em ajuda humanitária, extrema, fecunda...

Em espanhol, flotilha é o diminutivo de flota e designa um conjunto de embarcações pequenas, como, por exemplo, os 50 barcos que foram na quarta-feira (01.10.2025) interceptados ilegalmente por Israel, quando buscavam, por meio de navegação em águas internacionais, furar o bloqueio contra Gaza, a fim de levar ajuda humanitária aos palestinos, a saber: água potável, alimentos, medicamentos e até mesmo brinquedos.

Nesta flotilha, ainda de acordo com o site Agência Brasil, uma delegação de 17 brasileiros, entre eles a deputada petista Luizianne Lins (PT-CE) e Mohamad Sami El Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino (2024), também foram capturados pelas forças de Israel.

Então, quero, com isso, evidenciar a que ponto a covardia de governantes autoritários de ocasião, como Benjamin Netanyahu, pode cometer excessos e injustiças, detendo pessoas cujo único propósito era minimizar o sofrimento de outras, oferecendo-lhes, por exemplo, água potável. Eu disse: água potável para saciar a sede de alguém. E de alguém que necessita desta água.

Conforme a Bíblia Antigo e Novo Testamento, traduzida diretamente dos originais hebraico, aramaico e grego (em 8 volumes, 1965), lembro que em Provérbios 25:25 está escrito:

“Água fresca em garganta sedenta, tal é a boa nova da terra distante.”

E Benjamin Netanyahu, com seu coração duro, extremista e mau, ordenou a captura de pessoas que levavam água aos palestinos que dela necessitam.

Em Provérbios 28:27 está escrito:

“Quem dá ao pobre não terá miséria, mas quem fecha os olhos será maldito.”

Também Benjamin Netanyahu não deve esquecer que a água potável era levada pelos integrantes da flotilha às pessoas desamparadas e vítimas do genocídio em curso em Gaza. Em Mateus 10:42 está escrito:

“E todo aquele que der de beber a um destes pequenos, ainda que um copo de água, por ser meu discípulo, eu vos digo que não ficará sem recompensa.”

Por fim, lembro a Benjamin Netanyahu que em Juízes 15:18-19 está escrito:

“Sansão sentiu muita sede e clamou a Javé: ‘Concedeste pela mão do teu servo esta grande vitória. Irei agora morrer de sede e cair nas mãos dos incircuncisos?’ Javé, então, fendeu a bacia do rochedo que havia em Lequi e dela saiu água. Sansão bebeu e seu ânimo voltou, e recobrou a vida. Por isso, deu-se àquela fonte o nome de Fonte do que invoca. Ela existe em Lequi até o dia de hoje.”

Quando nem Deus negou água a Sansão, quem Netanyahu pensa que é para negar água ao povo palestino?

Netanyahu não só fere o Direito Internacional ao interceptar e capturar em águas internacionais os integrantes da flotilha. Netanyahu também fere os Direitos Humanos, ao torturar com a imposição da sede o povo palestino, escravo que até o presente momento é da crueldade deste governante que escarnece das consequências que, mais cedo ou mais tarde, recairão sobre a violência a que submete toda uma população.

E mais. Netanyahu zomba da Sagrada Escritura, quando de forma criminosa martiriza os palestinos, impedindo que os heróis e heroínas da flotilha possam saciar a sede de homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos, castigados pela arrogância dos que se creem por cima da lei dos homens e acima da lei de Deus, pois, entre os Dez Mandamentos, consta:

“NÃO MATARÁS”

E Netanyahu deveria saber que pouco importa se a prática criminosa condenada vai envolver: arma de fogo, arma branca, as próprias mãos ou mesmo negando acesso às pessoas a alimentos ou água.

Netanyahu não se comporta nem como governante, muito menos como homem de fé, mas age, inclusive, à revelia do bom senso e como implacável assassino. Estranhamente, no fosso sombrio de sua sede de poder, diverte-se, regozija-se, alegra-se com seu hobby extremista no extermínio de inocentes. Patrocina, Netanyahu, como genocida competente, o genocídio do povo palestino, barbarizando a vida das pessoas como uma besta-fera selvagem (e com a bênção do ianque, ele, Donald Trump).

Mas, contra o carniceiro, o matador, o devorador de vidas palestinas.

Contra o autoritário, o sanguinário, o adversário, o fabricador de martírios e calvário.

Contra o homicida, o genocida, dos palestinos, o ceifador da vida.

Contra a guerra: berra, ruge, inflama, insurge, urge, é agora ou nunca, surge: em ajuda humanitária, extrema, fecunda…

Uma flotilha!

Contra a tirania…

Contra esta mania…

Contra os autoritários, vários…

Uma flotilha!

Pela liberdade…

Por esta sina…

Pela Palestina Livre…

Os heróis e heroínas…

De uma flotilha!

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a deste Diário

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