Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) iniciaram uma “campanha em defesa da soberania do Brasil” diante das tarifas anunciadas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, contra o País. Além de emitir uma nota denunciando a política norte-americana e afirmando que o governo avaliará tarifas recíprocas, a comunicação do Planalto publicou uma série de materiais contra a ingerência estrangeira no caso em questão.
Não há dúvida de que Lula deve se opor à medida do governo dos Estados Unidos, que procura interferir na política interna do Brasil por meio de medidas econômicas. No entanto, a política do governo, diferente do que diz a propaganda, não tem sido se opor aos EUA e ao imperialismo como um todo, mas sim, a Donald Trump.
Nesse sentido, se trata de uma política pseudo-nacionalista. Decerto que, se Biden ainda estivesse no poder, haveria mais diplomacia, conversa e tolerância às medidas tomadas pelo governo norte-americano contra o País.
Tanto é assim que, desde que tomou posse, é a primeira vez que Lula lança uma campanha geral em defesa da soberania brasileira. Mesmo diante de uma atividade cada vez maior dos agentes do imperialismo dentro do Brasil. O presidente fica calado, por exemplo, diante da interferência do Mossad, do FBI e da CIA na Polícia Federal; se nega a romper relações com o Estado nazista de “Israel”; não denuncia mais a política lesa-pátria de Gabriel Galípolo no comando do Banco Central; e mais.
Por quê? Pois Lula parte da concepção de que o mundo está dividido entre a democracia e o fascismo. Entre os governos democráticos e os governos autoritários. Entre os democratas e a extrema direita. Entre o amor e o ódio. Com isso, identifica o Partido Democrata, Emmanuel Macron e afins com os bonzinhos, e Trump, Bolsonaro e outros com os malvados.
Lula deve passar por cima de tudo isso e lançar uma verdadeira campanha em defesa da soberania nacional. Fato é que o povo brasileiro não gosta, de maneira geral, da ingerência estrangeira sobre o País. Consequentemente, abre-se uma oportunidade para empurrar o governo cada vez mais à esquerda por meio da mobilização popular, levando os trabalhadores às ruas em defesa de seus interesses por meio de reivindicações que digam respeito à luta anti-imperialista dentro do território nacional.
Deve expulsar todas as agências de espionagem estrangeiras da Polícia Federal e afins, revertendo a perseguição contra os brasileiros que ousaram se opor ao imperialismo. Deve acabar com organizações como a Confederação Israelita do Brasil (Conib), representante direto do Estado sionista, e, além disso, romper todas as relações com “Israel”. Deve reestatizar a Eletrobrás e a Petrobrás, colocando essas empresas essenciais para o desenvolvimento nacional nas mãos da população, e não dos banqueiros. Deve declarar o não-pagamento da dívida pública, o fim da política de austeridade imposta contra seu governo.
Deve, finalmente, jogar toda a população brasileira contra o imperialismo e seus representantes em território nacional.





