A atriz norte-americana Angelina Jolie esteve no Brasil entre os dias 2 e 4 de abril para uma série de atividades marcadas pela demagogia identitária. A visita, divulgada como humanitária, teve como objetivo central reforçar a agitação do imperialismo contra o País, a título de “proteção” dos índios e da Amazônia — um velho disfarce utilizado pelos Estados Unidos e seus aliados para atacar a soberania nacional e justificar intervenções diretas e indiretas em países atrasados.
Na quarta-feira (2), Jolie visitou a aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto-Jarina, no Xingu (MT), onde se encontrou com o cacique Raoni. Trata-se do mesmo Raoni que, na década passada, apoiou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, alinhando-se com as ONGs internacionais financiadas por agências e governos imperialistas.
No dia seguinte, a atriz norte-americana se reuniu em Brasília com a ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, também uma figura ligada às fundações imperialistas que agem no Brasil sob a fachada de “direitos humanos” e “sustentabilidade”. Na ocasião, trataram de projetos como os chamados Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTSAs), ferramentas criadas para institucionalizar a tutela estrangeira sobre territórios que pertencem ao povo brasileiro. Guajajara declarou nas redes que a conversa com Jolie tratou da “defesa dos territórios demarcados” e do papel que o “mundo pode cumprir” na proteção dos povos indígenas — uma forma cínica de defender a pressão dos monopólios internacionais contra a exploração das riquezas do País na região Norte.
Essa visita da atriz coincide com a intensificação da campanha imperialista que, com base em relatórios de ONGs estrangeiras, tenta ditar ao Brasil o que fazer com seu próprio território e impedir a pesquisa sobre as jazidas de petróleo existentes na Margem Equatorial. O caso tem levado a embates públicos entre o governo federal e o IBAMA, controlado pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva, ela própria, serviçal de ONGs como a golpista Open Society Foundation, do banqueiro George Soros.
Raoni, Guajajara e todas as figuras que colaboram com essa política não representam os interesses nem dos índios, e nem da maioria da população brasileira. Estão a serviço direto do imperialismo, agindo como agentes locais de uma política que visa manter o Brasil como colônia de exportação de matérias-primas e preservação das riquezas naturais ainda não exploradas, para que os monopólios internacionais o façam conforme a conveniência do imperialismo.