Conforme noticiado pelo jornal imperialista The New York Times (NYT), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) está se preparando para encerrar suas atividades em Gaza e na Cisjordânia.
Isto se dá em razão da perseguição de “Israel” contra agência, perseguição realizada há anos, mas intensificada desde o início do genocídio contra os palestinos, através de campanhas difamatórias, de obstaculização da atividade humanitária da UNRWA, de coerção de funcionárioas para admitiram que estão nas fileiras da Resistência, especialmente o Hamas, e, igualmente, de ataques militares contra seus funcionários palestinos refugiados em abrigos da agência.
Conforme declarou ao NYT Jamie McGoldrick, que atua como coordenador humanitário da ONU, o fim das atividades da UNRWA na Palestina “Seria um impacto enorme em uma situação já catastrófica. Se essa é a intenção israelense – remover qualquer habilidade nossa de salvar vidas – você tem que questionar qual é o pensamento e qual é o objetivo final?”
A agência vem sendo a principal fornecedora internacional de ajuda humanitária aos palestinos, sendo sua atuação fundamental para garantir a manutenção de serviços essenciais, como limpar o lixo acumulado, a fim de evitar e combater a proliferação de doenças; e o fornecimento bens de necessidade básica, tais como comida, água, remédio, combustíveis para hospitais e outros. Igualmente, A UNRWA atua supervisionando a entrega de ajuda humanitária e administrativo abrigos para refugiados.
A mais recente campanha para desarticular a agência começou com acusações, por parte de “Israel”, de que funcionários da agência teriam participado na Operação Dilúvio de Al-Aqsa (7 de outubro). Sobre isto, em março de 2024, porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, revelou que “alguns dos nossos funcionários comunicaram às equipes da UNRWA que foram forçados a fazer confissões sob tortura e maus-tratos”. Desde então, a perseguição e ataques contra a UNRWA, e a obstaculização de ajuda humanitária aos palestinos, só se intensificou, até que, em outubro de 2024, o parlamento israelense (Knesset) aprovou dois projetos de lei que entraram em vigor neste mês de janeiro e, na prática, forçaria o encerramento da atividade da agência em Gaza e Cisjordânia.