Um grave acidente na BR-153, em Porangatu, Goiás, matou cinco pessoas na madrugada de 16 de julho, incluindo três estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e o motorista de um micro-ônibus, além do condutor de uma carreta. O grupo, vindo de Belém, no Pará, seguia para o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. A carreta invadiu a contramão e colidiu frontalmente com o primeiro veículo de um comboio de quatro ônibus, que transportava cerca de 180 estudantes. Quatro pessoas ficaram gravemente feridas e foram levadas ao Hospital de Alvorada, no Tocantins, enquanto outras vítimas receberam atendimento em Porangatu e Uruaçu.
O acidente ocorreu por volta das 4h30 no km 2 da BR-153, um trecho conhecido como “Rodovia da Morte” devido ao alto índice de colisões fatais. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma carreta causou o impacto ao invadir a pista contrária, destruindo o micro-ônibus que levava 25 alunos, dois motoristas e um orientador. Um segundo ônibus do comboio foi atingido, mas sem feridos.
Equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU e da concessionária Ecovias do Araguaia atuaram no resgate, retirando vítimas presas às ferragens. A rodovia ficou interditada até as 9h20, causando 10 km de congestionamento. A UFPA decretou luto oficial de três dias, e a UNE, organizadora do evento, lamentou a perda. “Estamos em contato com os governos do Pará e Goiás e com a UFPA para apoiar as vítimas”, afirmou a entidade em nota.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou mensagem de pesar, dizendo que “a tragédia resultou na perda irreparável de vidas”. O governador do Pará, Helder Barbalho, e o governador em exercício de Goiás, Daniel Vilela, também se manifestaram, prometendo apoio às famílias. A UFPA e a UFG anunciaram assistência aos sobreviventes e parentes das vítimas.
A PRF investiga as causas, mas a falta de duplicação no trecho, prometida pela Ecovias do Araguaia apenas para 2031, é claramente um fator que contribuiu para a tragédia. A BR-153, sob concessão privada, reflete a política de lucro que condena o povo à insegurança.




