Najih Maher Abu Seif, conhecido como Abu Hamza, foi o porta-voz oficial da Saraya Al-Quds, braço militar da Jiade Islâmica na Palestina. Sua atuação era central na comunicação das atividades do grupo e na guerra de informação contra o regime sionista. Sua identidade pública esteve sempre ligada à resistência armada, tornando-o um alvo prioritário das forças israelenses.
Atuação e relevância na resistência
Como figura pública da Jiade Islâmica, Abu Hamza era responsável por divulgar posicionamentos e ações do grupo, atuando em conferências de imprensa, entrevistas e plataformas digitais. Sua presença em diversos meios, incluindo redes sociais, levou a repetidas suspensões de suas contas, sendo a mais recente em 11 de maio de 2021, logo após o cessar-fogo da Batalha da Espada de Al-Quds.
Além de porta-voz, ele também desempenhava um papel na guerra psicológica contra as forças israelenses, utilizando discursos e declarações estratégicas. Em fevereiro de 2025, ele afirmou que o destino dos prisioneiros israelenses em Gaza dependia da conduta do governo de Netaniahu, atribuindo a ele a responsabilidade pelo fracasso das negociações de cessar-fogo.
Abu Hamza foi morto em um ataque aéreo israelense que atingiu sua residência em Gaza. No mesmo bombardeio, sua esposa, Shaimaa Abu Seif, seu irmão, Ghassam Maher Abu Seif, sua cunhada, Sara Abu Seif, e outras crianças da família também foram mortos. O assassinato ocorreu em meio às novas ofensivas israelenses contra a Faixa de Gaza, em meio ao colapso de um acordo de cessar-fogo que havia sido estabelecido em janeiro de 2025.
A Jiade Islâmica lamentou a morte de seu porta-voz e destacou sua atuação como um dos principais representantes da resistência palestina no campo da comunicação. Em comunicado, o grupo reiterou que a eliminação de seus membros não alteraria sua postura e que a luta continuaria.
Legado
Abu Hamza foi um dos principais rostos da comunicação da resistência palestina nos últimos anos, sendo uma figura de referência nos posicionamentos públicos da Jiade Islâmica. Sua morte representa uma perda para o grupo, mas não altera a estrutura da resistência, que segue operando em Gaza e mantendo suas atividades militares e políticas.
O conflito entre as forças israelenses e os grupos de resistência palestina continua, com sucessivas ofensivas e retaliações. A morte de Abu Hamza se insere em uma longa lista de assassinatos seletivos promovidos por “Israel” contra lideranças palestinas, estratégia recorrente utilizada pelo regime sionista em sua tentativa de desarticular a resistência organizada na região.