No dia 3 de dezembro de 2024, o site estadunidense The Intercept publicou uma matéria intitulada “O mestre e os pupilos”, em que 10 ex-alunos homens acusam de forma anônima o Professor da USP, Alysson Leandro Mascaro, de assédio sexual e estupro.
Chama a atenção o nível condenatório e abstrato da matéria, haja vista, que nenhuma das supostas vítimas, do já considerado monstro Mascaro, se identificou. Para pessoas que a soma de 2 mais 2 tem como resultado 4, as acusações são risíveis, por vários fatores, os quais mencionarei no decorrer do texto.
O The Intercept é um desses sites identitários que têm como prática corriqueira achincalhar a honra de pessoas com influência política, sobretudo no campo da esquerda, como no presente caso do conhecido intelectual marxista. O dono do site é um magnata, Pierre Omidyar, com profundas relações com o poder, atrás da sombra do imperialismo, ou seja, dos agentes que realmente mandam no mundo e que têm políticos como seus laranjas. A tentativa de macular a imagem pública de Mascaro ocorre na mesma linha inquisidora típica dos defensores de revoluções coloridas e demais estupidezes defendidas por direitistas e esquerdistas hippies ao redor no mundo. Sempre cabe lembrar que truques idênticos promoveram o golpe de 2016 contra a Presidente Dilma Rousseff e levaram à injustificável prisão de Lula. A atuação é por meio da criação de um exército de cyberoligofrênicos, que nada têm a fazer a não ser servir de fantoches do imperialismo para degradar pessoas com acusações subjetivas e condená-las previamente. Esses “chanceladores digitais” têm um comportamento semelhante ao da Polícia Militar que assassina pobres diariamente nas favelas por prevenção.
A maior arma desses grupos golpistas são as pirotecnias que só enganam pessoas muito primitivas politicamente ou de má-fé, como é o caso de parte da esquerda identitária que mais uma vez entrou na onda de sair condenando um cidadão brasileiro sem o mínimo direito à defesa, algo que também é difícil, pois como se defender sem saber quem são seus acusadores?
Após ler as acusações anônimas, fiquei chocado ao pensar em como alguém que não esteja em um nível de demência Biden possa reproduzir tamanhas incongruências. Exemplo: Alysson Mascaro teria assediado sexualmente homens adultos dentro de espaços públicos, e não é preciso ser genial para perceber que isso por si só é uma bizarrice. Um dos Mrs. Ms, digo, acusadores, relata que passou 2 dias na casa de Mascaro em SP onde foi estuprado. Ora, estupro de homem contra homem é empírico que se dá de duas formas: em penitenciárias ou em guerras e, mesmo nesses contextos, o crime ocorre quando há assimetria de forças, ou seja, dois ou mais sujeitos estupram um indivíduo.
As falas anônimas são tão patéticas que alguns acusadores se sentiram intimidados por abraços mais extensos de Mascaro e por “insinuações sexuais”. Digamos que isso tivesse ocorrido, não bastaria a “vítima” barbada dar um chega para lá no Professor?
A matéria do Intercept pode ser derrubada facilmente com o argumento de que eles mesmos escreveram que “jamais houve qualquer acusação formal contra ele na USP ou na Mackenzie, onde outrora lecionou.”
A defesa de Mascaro alega que não há nenhuma prova material, diria mais, não há sequer prova circunstancial, já que friso pela enésima vez que o que existe são relatos feitos no anonimato, algo muito comum entre os covardes quando têm a pretensão de difamar alguém.
O tempo que vivemos é interessante e maluco. Por exemplo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decretou um afastamento cautelar das funções exercidas por Mascaro, baseado em nada, pois é o que se tem até o momento, nada.
No último dia 12 de fevereiro a USP instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e o afastou por mais 120 dias de suas funções, o que mostra clara perseguição política contra o intelectual. É anticonstitucional condenar qualquer pessoa sem provas e, infelizmente, é o que está ocorrendo. Há um verdadeiro linchamento da figura de Alysson Mascaro por parte de pessoas sem o menor senso crítico de realidade.
Acusar alguém de um crime é livre, só que o acusado deve ter garantido seu direito a ampla defesa, mas, ao que parece, não é uma acusação de algo e sim uma campanha de difamação contra Mascaro, por quem me solidarizo por questões de princípios legais, marxistas e humanos.
Até agora nessa sanha identitária tresloucada em que nós encontramos existe uma vítima, o Professor Alysson Mascaro. Os lacaios do imperialismo já escolheram uma nova pessoa importante da esquerda brasileira para caluniar, a psicanalista Maria Rita Kehl, problema que irei expor em artigos futuros. Não podemos nos amedrontar com canceladores identitários, nunca. A não ser que nos acovardemos perante seres subnormais profundos.
Encerro citando Brecht
“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso,
eu não era negroEm seguida levaram alguns operários,
mas não me importei com isso, eu
também não era operáriosDepois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Eu também não sou miserávelDepois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importeiAgora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.”