Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Coluna

Abaixo as ditaduras! Sempre!

Tortura, desaparecimentos, mortes e repressão tornaram os vinte anos de Ditadura, em avassaladora espera de dias melhores

“A coragem é saber o que se deve e o que não se deve temer”. “Será?”, indaga Sócrates.

A filosofia é antiga, e vem se preocupando com o status quo.

Buscando a sabedoria, eu sigo…Junto aos fatos para entender a justiça dos tempos.

“O golpe de Estado no Brasil em 1964 foi a deposição do presidente brasileiro João Goulart por um golpe militar de 31 de março a 1.º de abril de 1964, pondo fim à Quarta República (1946–1964) e iniciando a ditadura militar brasileira (1964–1985).

O parágrafo acima explicita coragem, sim, a coragem em temer: o resultado do período de supressão da liberdade, em toda a sua amplitude, no antes e depois do fato consumado.

A vida do brasileiro precisa de gotas de coragem diárias para revolucionar sua vida de precarização. A Educação não atingiu a todos.

Contra os fatos não há argumentos: “Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 7,0%.

Mobral e o analfabetismo funcional surgem no universo da Cultura e Sociedade, e foi justamente com o objetivo de garantir que os trabalhadores desenvolvessem habilidades intelectuais básicas e se tornassem mais funcionais ao sistema, que a ditadura lançou outro importante programa, com foco nos jovens e adultos: o Movimento Brasileiro de Alfabetização, conhecido como Mobral.

Criado oficialmente em 1967, o Mobral foi posto em prática três anos mais tarde. Na época, 40% da população de 15 anos ou mais era analfabeta. A propaganda dos militares era de que o analfabetismo seria erradicado em dez anos. No entanto, até sua extinção, em 1985, o índice de analfabetismo havia diminuído apenas 2,7%, como apurou recentemente o jornal Estado de São Paulo.

Tortura, desaparecimentos, mortes e repressão tornaram os vinte anos de Ditadura, em avassaladora espera de dias melhores. Aliás, esperar é o que cabe aos brasileiros pobres e invisíveis sociais, que vivem a sombra da ditadura da desigualdade….

Fora! qualquer forma de violência e estagnação de justiça no cenário popular!

A covardia da falta de sociabilidade gera desmandos viciantes que através das lentes do senso comum geram conformismos e anacronismos ditatoriais , que ainda insistem em permear as brechas das leis ou as entrelinhas dos conflitos políticos partidários…

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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