O artigo ‘Efeito Felca’ e DTV+ mostram que após anos na defensiva, a televisão pode corrigir narrativa distorcida, publicado pelo Valor Econômico, escancarou os objetivos comerciais, econômicos e políticos por detrás da Lei Felca. O artigo mostra, de forma inequívoca, quem é que vai lucrar com a Lei Felca, que é um dos maiores golpes que foram dados contra a população brasileira no último período.
Aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal no espaço de uma semana, a Lei Felca, votada a toque de caixa depois do vídeo produzido pelo youtuber Felca sobre a “adultização”, coloca todos os jovens com até 16 anos de idade sob o controle dos pais durante o uso da Internet. Trata-se de uma medida fascista, uma ditadura contra o setor mais dinâmico da sociedade, que é a juventude.
Comprovando que a “defesa das crianças” não passa de uma farsa, o artigo do Valor destaca que as duas últimas décadas foram muito penosas para as empresas de televisão, devido ao YouTube, às redes sociais e aos serviços de streaming. Em determinado momento, o jornal pertencente ao Grupo Globo diz que:
“Governos estão começando a olhar seriamente a questão do monopólio e abusos de poder das, dos gigantes da tecnologia. Escolas proibindo uso de celular, países exigindo verificação de idade. O efeito Felca é real, com as pessoas refletindo sobre a exploração infantil nas redes, a adultização, as fraudes digitais e a desinformação são fatos. E é inegável que os anunciantes também patrocinam barbaridades ao investirem nas plataformas. É um problema que quem compra publicidade em TV e rádio não enfrenta.”
O argumento é calhorda. Não há, até hoje, maior fábrica de mentiras que a imprensa capitalista. E isso ocorre, obviamente, porque os interessados na mentiram financiam a imprensa.
A conclusão mais importante, no entanto, é que, com a Lei Felca e o bloqueio da Internet para um setor da sociedade, a televisão recuperaria parte de sua influência. Isto é, de sua capacidade de manipulação.
A Lei Felca é, portanto, uma tentativa de restabelecimento do monopólio das grandes redes de televisão sobre as informações. As redes de televisão, como se sabe, não dão qualquer notícia. Elas não são como a rede social, onde qualquer pessoa pode falar, mostrar, divulgar etc. O caso do massacre palestino deixou isso transparente: enquanto a rede Globo passou dois anos escondendo o genocídio, as redes sociais “furaram a bolha”.
As redes de televisão, elas são uma espécie de diário oficial da burguesia, só passa aquilo que a burguesia acha que é conveniente. É uma informação extremamente controlada, é o controle da opinião pública geral pela classe dominante.





