Estados Unidos

A quem servem os atos ‘No kings’?

Mobilização se assemelha às chamadas "revoluções coloridas", mobilizações organizadas por entidades e ONGs financiadas e apoiadas pelo imperialismo

Milhares de manifestantes tomaram as ruas dos Estados Unidos e de cidades europeias neste sábado (18) para o primeiro dia dos protestos “No Kings” contra o presidente republicano Donald Trump. A mobilização, segundo seus organizadores, protesta contra as políticas de imigração, segurança e cortes de verbas na educação, que indicariam uma “guinada autoritária” do governo. Aliados de Trump, como o presidente da Câmara Mike Johnson, classificaram os atos como “manifestações anti-norte-americanas”.

O movimento ganhou apoio tanto de figuras como Hillary Clinton, da ala direita do Partido Democrata, como de Bernie Sanders, político com uma política muito moderada, mais vinculado aos sindicatos. O que mais chama a atenção, no entanto, é a convocatória para que os manifestantes usem a cor amarela, justificada pelos organizadores como uma alusão a protestos “pró-democracia” em Hong Kong — isto é, protestos golpistas e pró-imperialistas.

Somente por este dado, já se pode constatar que o “No Kings” é uma mobilização orquestrada pela ala direita do Partido Democrata, visando mais a retomada do controle do Estado do que uma mudança social profunda.

A mobilização se assemelha às chamadas “revoluções coloridas”, mobilizações organizadas por entidades e ONGs financiadas e apoiadas pelo imperialismo.

Não se trata de um levante espontâneo, é uma manifestação organizada sob o controle de uma elite política. O roteiro é conhecido: usar o descontentamento popular para criar um espetáculo de rua que sirva de cobertura para um golpe de Estado que permita o Partido Democrata governar o país.

Uma dado bizarro das manifestações é o uso generalizado de fantasias infláveis divertidas (sapos, unicórnios, dinossauros). Segundo democratas ouvidos pelo Washington Post, o objetivo seria evitar que os republicanos retratassem os manifestantes como violentos ou “terroristas domésticos”.

A essência do debate, contudo, permanece: o movimento “No Kings” de fato coloca Trump sob pressão, mas a quem essa pressão serve, e qual será o custo para a independência política dos movimentos sociais se a mobilização for apenas um degrau para a volta do Partido Democrata ao poder?

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