A chacina policial realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, que tinha como objetivo cumprir 51 mandados de prisão contra integrantes de “facções criminosas”, prendeu apenas quatro pessoas, revelando que os mandados foram usados como pretexto para uma ação muito mais letal e violenta do que a captura dos suspeitos. A operação resultou na maior letalidade da história da cidade, com dezenas de mortos e escassa efetividade para os objetivos judiciais apontados oficialmente.
A operação foi anunciada como um esforço para conter o avanço do Comando Vermelho e baseada no cumprimento de mandados judiciais, mas os números mostram que somente 4 dos 51 alvos foram presos. Isso indica que os mandados foram usados mais para justificar a ação do que para prender os supostos comandantes do tráfico. A maioria dos mortos foram alcançados em confronto, e não em prisão seguindo o devido processo, o que mostra as reais intenções deste massacre.
A Operação que foi chamada de ‘’Contenção’’, feita na Zona Norte do Rio, resultou no maior massacre da história da cidade. Foram mais de 134 mortes oficiais, e 81 prisões, mas poucas decorrentes de mandados judiciais.
Organizações como a Anistia Internacional criticaram a operação, apontando que a política de segurança foi marcada pelo uso ilegítimo e desproporcional da força letal, violando parâmetros internacionais de atuação policial.





