Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

Coluna

A esquerda pequeno-burguesa odeia o humor

Enquanto o povo faz piada pra sobreviver, a esquerda domesticada ajuda a transformar o riso em crime

Nesses últimos dias, por ocasião da prisão de Leo Lins por ter feito uma piada, muitos esquerdistas se aventuraram a debater o problema do humor. Posicionaram-se sobre a questão da piada – como deve ser? Temos que caçoar dos poderosos, não podemos rir às custas dos oprimidos, não podemos fazer isso, aquilo e aquilo outro. Tornaram-se todos os verdadeiros teóricos da graça.

É evidente que esse debate todo é ocioso, inútil. Não importa qual o tipo de piada que fez Leo Lins, em um país democrático uma pessoa não pode ser punida por falar absolutamente nada, ainda mais por estar fazendo uma apresentação humorística. Isso se torna ainda pior se considerarmos o exagero da punição – 8 anos de cadeia.

No entanto, eu devo admitir que fiquei muito surpreso e até um tanto intrigado pelas coisas que vi os analistas de anedotas da esquerda pequeno-burguesa dizerem. Em que mundo vivem essas pessoas? É um mundo estranho e ao contrário, onde as pessoas não fazem piada com os outros, não ridicularizam ninguém. Todos se respeitam, as piadas são de altíssimo nível, feitas apenas com os “opressores” (mas por favor, não vá chamar nenhum juiz do STF de “skinhead de toga” ou de “gordola”).

Pode-se dizer que é tudo mentira, que eles dizem que não se pode fazer piada com ninguém, mas por detrás dos panos, quando ninguém ouve, o escárnio corre solta. Acho que essa hipocrisia é factual em alguns casos, mas também sabemos que a convivência dentro dessa pequena-burguesia é uma bajulação infinita, um bando de puxa-sacos se elogiando o tempo todo para poderem conseguir algo em troca. A crítica é considerada uma espécie de traição porque todos têm uma reputação a zelar entre os bem pensantes. O humor, então, nem se fala.

Ninguém aguenta essa chatice e gente assim. O brasileiro comum faz piada o tempo inteiro, com todos à sua volta. A avacalhação é o padrão. Não dá para viver num país como o Brasil, se “ferrando” a todo momento sem tirar alguma onda disso em algum momento. Não à hipocrisia da pequena-burguesia anti-humor! Liberdade de expressão irrestrita, pelo bem da luta da classe operária, pelo bem-estar da população, mas também pelo bem do humor nacional!

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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