Um dos destaques da nova edição da Revista Mulheres – especial 8 de Março, lançada com a temática voltada à mais importante data da luta pela libertação das mulheres, é o artigo Emancipar a mulher é lutar contra o neoliberalismo. A publicação reforça a importância do Dia Internacional da Mulher, instituído pelos comunistas da II Internacional, em 1910, como uma jornada de luta contra a exploração e a opressão das mulheres trabalhadoras. Desde sua criação, a data se consolidou como um marco da resistência proletária contra o regime capitalista, desmascarando tentativas de cooptação por parte dos governos reacionários e de instituições imperialistas. A nova edição da Revista Mulheres resgata essa perspectiva combativa e revolucionária.
No artigo Emancipar a mulher é lutar contra o neoliberalismo, denuncia-se a demagogia imperialista que utiliza o tema da mulher como instrumento de propaganda, promovendo uma falsa emancipação enquanto aprofunda a opressão feminina. A imprensa capitalista, governos reacionários e até mesmo o Departamento de Estado norte-americano fazem uso dessa estratégia. A Rede Globo, por exemplo, enche sua programação de homenagens às mulheres ao mesmo tempo em que promove a repressão sob o pretexto de combater a “misoginia”. O Estado nazista de “Israel”, que mantém um Ministério da Emancipação Feminina, extermina mulheres palestinas diariamente. Já os Estados Unidos, por meio da CIA, propagam o ideal de “empoderamento” feminino enquanto patrocinam guerras e destruição pelo mundo. Essa farsa ficou evidente no protesto contra Hillary Clinton, que, embora se autoproclame feminista, permaneceu em silêncio diante do genocídio cometido por “Israel” em Gaza. A polarização política evidencia que o imperialismo, maior inimigo das mulheres, usa o discurso “feminista” apenas para encobrir sua política de exploração e massacre.
O texto expõe como o neoliberalismo, a política econômica do imperialismo, aprofunda a opressão feminina ao promover o desmonte dos serviços públicos, das políticas sociais e da infraestrutura dos países. O caso do Rio Grande do Sul, arrasado pela gestão neoliberal do governador Eduardo Leite, exemplifica esse impacto. Com milhares de desabrigados e uma economia devastada, as mulheres, que representam metade da população, são diretamente atingidas. No entanto, o problema vai além: os setores mais oprimidos da sociedade são os que mais sofrem com os ataques neoliberais. A destruição dos serviços públicos agrava a dependência da mulher do trabalho doméstico, inviabilizando seu acesso à educação, ao emprego e à creche para seus filhos. Assim como ocorre em Gaza, a experiência brasileira demonstra que não há libertação feminina dentro da ordem neoliberal. A única via para a emancipação real das mulheres é a derrota do imperialismo e sua política econômica de terra arrasada.
A nova edição da Revista Mulheres aprofunda essa discussão e reafirma a necessidade de um movimento combativo e independente para a libertação feminina. A publicação pode ser adquirida com os militantes do PCO e também do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo.