Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Coluna

A carnificina da injustiça social não quer cessar fogo

O extermínio de pessoas carentes a céu aberto deixa a assinatura nítida de que a técnica da gestão pública está falhando

A palavra negacionismo é uma corrente que nega algo: o cientificismo, o progressismo e outros conhecimentos. Negar que existe uma injustiça social sedenta de sangue, também é outro tipo de negacionismo, nada utópico: “O governo do estado do Rio de Janeiro, comandado por Cláudio Castro (PL), enviou, no último mês, para a Assembleia Legislativa (Alerj) um projeto que autoriza o uso de dinheiro do Rioprevidência, fundo de aposentadoria dos servidores, para pagamento de dívidas com a União. Após receber 113 emendas e sob enorme protesto de funcionários do estado, a votação do projeto, que aconteceria na terça-feira (14), foi adiada para a semana que vem.”

O projeto de Lei 6.035/25 autoriza o uso de royalties e participações especiais de petróleo e gás natural, destinados atualmente ao Rioprevidência, para o pagamento da dívida com a União. No ano passado, o governo já havia utilizado quase R$ 5 bilhões do fundo para quitar parte desse débito. Mexer no fundo previdenciário de funcionários que recebem “migalhas injustas” é ultrajar a Declaração Universal dos Direitos Humanos…

A nota acima faz cair o queixo dos mais incautos, porém aqueles que conhecem o contexto de exploração importada do tirano modo de ação imperialista conseguem entender que estas arbitrariedades do Sistema são o retrato fiel da injustiça social em ação. Aliás, a injustiça social é um modus operandi que alavanca o Brasil. Não são somente os dados advindos de institutos que prezam a transparência e a fidedignidade das análises factuais.

O olhar mais acurado de pesquisadores que são mais impetuosos, em suas análises/pesquisas, constituem, por vezes, o empreendimento/garantia advindo destes lobos-solitários na busca de informações sólidas. Eles conseguem, através de seus levantamentos científicos, se colocarem tête-à-tête com os fatos, em ambientes sociais que mostram o estrago que a guerra entre direitos humanos e injustiça social deflagra contra o ser humano. O próximo parágrafo informativo comprova tal beligerância.

“Pelo menos dois homens foram mortos na madrugada desta sexta-feira (17), quando um carro parou nas proximidades do metrô de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e com um fuzil, abriu fogo contra os sem-teto que ali estavam. Um homem saiu ferido. O ataque ocorreu por volta das 4h da manhã, e segundo a Polícia Militar, as vítimas eram todas pessoas em situação de rua que dormiam sob a marquise da estação, na Avenida Pastor Martin Luther King Júnior. “Foram tantos disparos que cápsulas ficaram pelo chão, e um tiro atravessou a janela de uma casa e parou na televisão. Ninguém na residência foi ferido”.

A partir de episódios atrozes, como o ocorrido no bairro de Irajá, no Rio de Janeiro, cidade que abrigou a Olimpíada em 2016, e a Cúpula Internacional dos BRICS, em 2025, infere a existência de um dilema social.

O extermínio de pessoas carentes a céu aberto deixa uma assinatura nítida de que a técnica da gestão pública está falhando e infelizmente isso é sistêmico, provando que a sociedade nacional está longe de assistir a um cessar-fogo entre as partes: Injustiça Social e Direitos Humanos. No mínimo, a perda de pessoas assassinadas brutalmente por armas, ou paulatinamente por baixos salários deveria gerar consternação e revolta. Naturalizar tais atos poderá nos colocar do lado escuso da História. E ainda querem cassar o PCO, o partido que defende o operariado nacional.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a deste Diário

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