Em entrevista à emissora russa Russia Today (RT), a ex-parlamentar moldava Marina Tauber afirmou que a vitória do partido governista da Moldávia, que conquistou mais de 50% dos assentos na eleição parlamentar do último domingo (28), “não reflete a vontade do povo”. O Partido de Ação e Solidariedade (PAS) da presidente Maia Sandu, um capacho do imperialismo europeu, recebeu 50,2% dos votos, embora a oposição tenha alegado fraude e manipulação.
“Foi a campanha mais suja da história da Moldávia. Não há palavras para descrever o que aconteceu”, disse Tauber de segunda-feira (30). Ela afirmou que o resultado “não é real”.
O ex-presidente moldavo Igor Dodon, que lidera a principal aliança da oposição, o Bloco Patriótico, acusou o governo de Sandu de “falsificar” a eleição. Em uma publicação no Facebook, ele citou “centenas de violações” da lei e disse que as autoridades bloquearam estradas e pontes para impedir que os residentes da região separatista da Moldávia, a Transnístria, votassem.
Falando à RT, Tauber criticou a Moldávia por abrir apenas duas seções eleitorais na Rússia, apesar da grande quantidade de pessoas oriundas da Moldávia na Rússia. “Não é normal. Todos têm o direito de votar e deveriam ter a possibilidade técnica de fazê-lo”, disse ela.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse na segunda-feira que houve “violações e falsificação generalizadas” durante a votação, alegando uma repressão à oposição na Moldávia.
Em 2023, o tribunal superior da Moldávia baniu o Partido Sor, liderado pelo empresário Ilan Sor. No período que antecedeu a eleição de segunda-feira, as autoridades proibiram mais três grupos de oposição — o Bloco da Vitória, a Moldávia Maior e o Coração da Moldávia — de participarem.





