Durante o ato em defesa da Venezuela, realizado no dia 13 de setembro, os comitês de luta, diante da necessidade de transformar a campanha de solidariedade internacional em apoio aos povos oprimidos em uma ampla mobilização popular no Brasil, anunciaram a realização de um novo ato público, a ser realizado no dia 7 de outubro. O evento, que já conta com o apoio do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e do Partido da Causa Operária (PCO), marcará os dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, operação esta lançada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) que colocou na ordem do dia a destruição do Estado de “Israel”.
Setores da esquerda vivem hoje uma grande ilusão ao acreditar que a prisão de Jair Bolsonaro significaria o fim do bolsonarismo. Isso não muda absolutamente nada, o bolsonarismo continua sendo uma força social que só será derrotada por meio de uma luta política. É preciso um trabalho grande na luta de ideias em defesa do Hamas, da Venezuela, da Rússia, da República Islâmica do Irã e de todos os povos que hoje se encontram em luta contra o imperialismo.
A mobilização venezuelana é um exemplo para os povos da América Latina e deve servir de inspiração. Diante das ameaças do imperialismo norte-americano, que enviou navios de guerra e quatro mil militares para o Mar do Caribe, o governo de Nicolás Maduro convocou o povo para a luta armada. Isso mostra que, assim como a resistência palestina vem enfrentando o imperialismo há dois anos, é possível vencer na América Latina.
Durante dois anos de uma das guerras mais heroicas da história da humanidade, o Hamas e toda a resistência palestina vêm impondo uma derrota profunda ao sionismo e ao próprio imperialismo. Eventos como a desistência de Joe Biden de sua candidatura à reeleição nas eleições norte-americanas e a queda de François Bayrou, primeiro-ministro francês, foram motivados, entre outras coisas, pela Operação Dilúvio de Al-Aqsa.
Até mesmo os países imperialistas há um deslocamento profundo da base de apoio do sionismo para uma posição de crítica ao genocídio.
Segundo artigo publicado pela Mintpress, só 24% da juventude republicana apoia hoje o Estado de “Israel”. É um índice baixíssimo, que reflete como a opinião pública mundial vem mudando. Graças à tenacidade da Resistência Palestina, até mesmo os países imperialistas enfrentam uma revolta cada vez maior de sua própria população.
A mudança de posição de Charlie Kirk, ativista conservador assassinado, é uma das expressões desse fenômeno. Ele, que sempre defendeu “Israel”, era financiado pela entidade sionista e chegou a ser chantageado para que não abandonasse o apoio ao sionismo, havia se tornado um crítico da entidade sionista. Graças à tenacidade da resistência palestina, associar-se ao Estado de “Israel” é associar-se ao bando criminoso odiado em todas as partes do planeta.





