A polícia de Londres, capital da Inglaterra, prendeu cerca de 425 pessoas no último sábado (6) durante um protesto em apoio à Palestine Action, um grupo recentemente proscrito sob as leis “antiterrorismo” do Reino Unido.
Centenas de manifestantes se reuniram do lado de fora do Parlamento Britânico, carregando cartazes com os dizeres “Eu me oponho ao genocídio. Eu apoio a Palestine Action”. A Polícia Metropolitana havia alertado, antes do comício, que o apoio explícito ao grupo ilegalizado levaria a prisões.
“Não somos terroristas. A proibição deve ser revogada”, disse Polly Smith, uma aposentada de 74 anos, em entrevista à AFP. Nigel, um executivo de 62 anos de uma empresa de reciclagem, classificou a proibição de julho como “totalmente inadequada”, acrescentando que o governo “deveria gastar mais tempo tentando impedir o genocídio, em vez de tentar impedir os manifestantes”. Ele foi detido mais tarde, enquanto outros manifestantes gritavam “Que vergonha!” para os policiais.
As tensões aumentaram quando os manifestantes tentaram impedir as prisões, o que levou a confrontos com a polícia. A Met informou que as infrações incluíram agressões a policiais.
A Palestine Action foi proibida pela Lei de Terrorismo de 2000 do Reino Unido após uma série de ações diretas, incluindo vandalismo em uma base da Força Aérea Real que causou cerca de £7 milhões (US$10 milhões) em danos.
Mais de 800 pessoas foram presas desde que a proibição foi imposta, com 138 acusadas de apoiar ou encorajar o apoio ao grupo. A maioria pode pegar até seis meses de prisão se condenada, enquanto os organizadores correm o risco de pegar penas de até 14 anos.
O governo obteve permissão para recorrer de uma decisão judicial que permitiu que a cofundadora da Palestine Action, Huda Ammori, questionasse a proibição.
Em um protesto separado em outra parte de Londres, vários milhares de pessoas marcharam em solidariedade aos palestinos, enquanto o regime israelense intensificava os ataques a Gaza.





