Redes sociais

40 milhões publicações censuradas na Europa no 1º semestre

Censura foi feita nas redes pelas próprias “big techs”, em razão de lei da União Europeia que manda as plataformas derrubarem publicações mesmo sem decisão judicial

Apenas no primeiro semestre deste ano de 2025, um total de 41,4 milhões de publicações foram censuradas em países da União Europeia.

A censura foi feita diretamente pelas chamadas “big techs” (os monopólios imperialistas por trás das redes sociais e plataformas de comunicação). No entanto, a ação desses monopólios ocorre por causa de lei ditatorial que existe na União Europeia, à qual todos os países do bloco estão submetidos.

Essa lei existe desde 2022, e é chamada de Atos de Serviços Digitais (Digital Services Act – DSA). Segundo ela, uma vez que a plataforma é notificada de um conteúdo supostamente ilegal, ela tem que derrubar a publicação, caso contrário poderá se responsabilizada (processada) por manter publicado o conteúdo supostamente ilegal.

Esta censura se tornou mais ditatorial recentemente, com a entrada em vigor do chamado Code of Conduct on Disinformation. Esse código, que foi precedido do Código de Prática sobre Desinformação, passa a valer como Código de Conduta oficial dentro da lei DSA, o que torna suas obrigações auditáveis e aplicáveis para plataformas designadas como como Google Search, YouTube, Facebook, Instagram, TikTok etc.

Esse novo Código prevê 43 compromissos e 128 medidas de censura, tais como: desmonetização de conteúdos que supostamente seriam enganadores, notícias falsas; dificultar a divulgação de informações supostamente falsas, através de manipulação do algorítmico; “combater” contas falsas; ferramentas para usuários denunciaram supostas desinformações; colaboração contínua com verificadores de fatos e pesquisadores (quase sempre empresas controladas pelo imperialismo para fazer propaganda contra notícias que denunciam os crimes do imperialismo, qualificando-as como desinformação, teoria da conspiração etc.)

Desde 1º de julho de 2025, as plataformas signatárias estarão sujeitas a auditorias anuais independentes, alinhadas às exigências da DSA, verificando se cumpriram os compromissos conforme o código. Ou seja: empresas que adiram ao código passam a ter suas ações monitoradas, e a não conformidade pode influenciar penalidades previstas no DSA, incluindo multas pesadas

Essa legislação ditatorial que está em vigor nos países da União Europeia foi o modelo seguido pelo Supremo Tribunal Federal, na recente decisão sobre o art. 19 do Marco Civil da Internet. Através da decisão, o STF decidiu que, na maioria esmagadora dos casos, as big techs serão responsabilizadas (isto é, poderão ser processadas) se não removerem conteúdos supostamente ilegais, sendo desnecessária ordem judicial obrigando-as à remoção.

O número de publicações censuradas pelas big techs no primeiro semestre (41,4 milhões) foi maior que todo o número de publicações censuradas durante todo o ano de 2024: um total de 29,7 milhões de conteúdos alvo de restrições. Conforme levantamento feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 21% e 35% das notificações para censurar publicações são atendidas pelas “big techs”.

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