Em 4 de janeiro de 1976 aconteceu um massacre que ficou conhecido como Massacre de Reavey e O’Dowd no norte da Irlanda ocupado pelos ingleses. Esse ataque foi realizado por milícias fascistas da Força de Voluntários do Ulster, uma organização ligada ao governo inglês voltada para atacar violentamente o movimento nacionalista irlandês.
Durante a noite, homens armados invadiram a casa da família Reavey na cidade de Whitecross, no condado de Armagh. Eles dispararam contra três irmãos da família Reavey, que estavam desarmados e sentados na sala de estar. Dois irmãos, John Martin Reavey (24 anos) e Brian Reavey (22 anos), morreram na hora. O terceiro irmão, Anthony Reavey (17 anos), foi gravemente ferido e morreu semanas depois devido aos ferimentos.
Na mesma noite, os fascistas foram até a vila de Gilford, no mesmo condado, e invadiram a casa da família O’Dowd. Disfarçados como membros das forças de segurança, os homens atiraram contra todos que estavam reunidos na casa. Três membros da família foram mortos: Barry O’Dowd (24 anos), Declan O’Dowd (19 anos) e o tio deles, Joe O’Dowd (61 anos). Outros ficaram feridos.
Todos eram irlandeses católicos, como a maioria da população da Irlanda. Na região norte ocupada, a Ulster, os ingleses criaram uma população local para apoiar o imperialismo, são os protestantes descendentes dos ingleses. Eles são a base para as milícias fascistas.
Um grupo chamado South Armagh Republican Action Force, parte do movimento nacionalista, não aceitou o massacre e respondeu no dia seguinte. Seus militantes emboscaram um ônibus de protestantes e dispararam deixando 10 mortos.
A luta armada só foi acabar na década de 1990 quando o IRA conseguiu um acordo do imperialismo inglês para ganhar mais direitos para a “Irlanda do Norte”.