Em 31 de maio de 1973, o Senado dos Estados Unidos cortou o financiamento às operações militares no Camboja, acelerando a vitória do Khmer Vermelho na Guerra Civil Cambojana. A medida enfraqueceu o governo de Lon Nol, aliado dos EUA, permitindo a tomada de poder pelos revolucionários em 1975. O conflito, iniciado em 1967, colocou o Khmer Vermelho contra o regime pró-EUA.
Os EUA lançaram 2,7 milhões de toneladas de bombas no Camboja entre 1969 e 1973, matando 150 mil civis, segundo o Instituto de Estudos de Paz de Estocolmo. Os ataques devastaram o país e fortaleceram o Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, com apoio do Vietnã do Norte e da China. O corte de recursos pelo Senado limitou a resistência de Lon Nol: “a retirada dos EUA foi o golpe final no regime de Lon Nol”, disse o historiador Ben Kiernan.
O Khmer Vermelho tomou Phnom Penh em abril de 1975, iniciando um regime que matou 1,7 milhão de pessoas, segundo a ONU. A decisão do Senado veio após protestos nos EUA contra a Guerra do Vietnã, durante a crise do governo Nixon.
O fim do apoio marcou o declínio da intervenção imperialista, mas trouxe tragédias sob Pol Pot. A guerra mostra o impacto destrutivo da interferência externa.


