No início do século XX, os países desenvolvidos imperialistas, influenciados por grandes empresas monopolistas, mostraram de forma mais intensa o interesse de controlar a econômica mundial. Essa disputa por mercados e fontes de matérias-primas deu início à Primeira Guerra Mundial (1914) e à Segunda Guerra Mundial (1939). A política desses países era utilizar seu poder econômico e militar para dominar, principalmente, os mercados de nações atrasadas e garantir acesso aos recursos naturais.
Nesse período, o petróleo se tornou a principal fonte de energia do mundo, ganhando destaque pela sua importância estratégica na Primeira Guerra Mundial. Estados Unidos e países da Europa utilizaram tropas para garantir a exploração de suas empresas petrolíferas no Oriente Médio. As concessões a empresas monopolistas nesse setor geravam tensões políticas nos países da América Latina e fortaleciam movimentos nacionalistas.
No Brasil, naquela época, não existia uma política nacional organizada para o setor de petróleo e grandes empresas estrangeiras controlavam o fornecimento de derivados (combustíveis) no País. Com isso, e à medida que o capitalismo se desenvolvia internamente, a burguesia nacional decide colocar Getúlio Vargas no poder, no movimento conhecido como Revolução de 30. Em certa medida, o nacionalismo burguês passou a defender os interesses nacionais contra a influência de países estrangeiros.
Foi assim que, em 29 de abril de 1938, Getúlio Vargas publicou o decreto-lei nº 538, que criou o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), uma autarquia autônoma estatal (do governo federal) subordinada diretamente ao presidente da República. A função do CPN era orientar, fiscalizar e controlar tudo que envolvia a indústria do petróleo no Brasil. Essa iniciativa estimulou o desenvolvimento da pesquisa e exploração do petróleo, além de ter um papel fundamental na criação da Petrobrás (1953).
O CNP foi extinto em 1965, durante a ditadura militar. Mais tarde, com o fim do monopólio estatal da exploração do petróleo em 1997, realizado pelo governo entreguista de Fernando Henrique Cardoso, suas atribuições ficaram divididas entre a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o Ministério de Minas e Energia.