Dia de Hoje na História

28/2/1922: Inglaterra concede ‘independência’ ao Egito

O imperialismo fez concessões ao Egito devido a luta nacionalista, mas a independência era uma farsa completa, as tropas britânicas sequer sairam do país

A Declaração Unilateral de Independência do Egito pela Inglaterra aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1922. Ela supostamente tornou o Egito um país independente pela primeira vez em séculos. Mas uma declaração vinda do imperialismo inglês dessa forma só poderia ser uma farsa. O país seguiu sendo uma monarquia dominada pelos ingleses por três décadas.

O Egito estava sob domínio britânico desde 1882, quando o Reino Unido ocupou o país sob o pretexto de estabilizar a região e proteger o Canal de Suez. No entanto, ao longo das décadas seguintes, cresceu o movimento nacionalista egípcio exigindo independência, especialmente após a Primeira Guerra Mundial,, quando muitos egípcios serviram no exército britânico.

Em 1919, uma grande revolta nacionalista, conhecida como Revolução Egípcia de 1919, sacudiu o país. Ela foi liderada por Saad Zaghloul, que exigia o fim do domínio britânico e um governo autônomo. Os britânicos reprimiram duramente a revolta, mas perceberam que a situação era insustentável.

Diante da pressão popular e da dificuldade de manter o controle absoluto sobre o Egito, o governo britânico decidiu conceder uma independência limitada ao país. Assim, em 28 de fevereiro de 1922, o Reino Unido declarou unilateralmente o Egito como um Estado independente. Mas os ingleses mantiveram o domínio sobre o país:

O imperialismo continou controlando diretamente o Canal de Suez, tinha o direito de intervir militarmente no país, manteve autoridade sobre políticas relacionadas à europeus vivendo no Egito e o Egito não teria soberania sobre o Sudão, que permaneceria sob domínio britânico, ou seja, dividiu o país ao meio.

Com a declaração, o Egito tornou-se oficialmente um reino independente, e o sultão Fuad I assumiu o título de Rei do Egito. No entanto, na prática, os britânicos continuaram exercendo grande influência sobre o governo egípcio.

A luta pela independência total só terminou em 1952, com a Revolução Egípcia liderada por Gamal Abdel Nasser, que acabou com a monarquia e expulsou os britânicos do país definitivamente.

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