A Batalha de Spion Kop foi uma das batalhas mais importantes da Segunda Guerra dos Bôeres (1899–1902), travada entre as forças britânicas e as tropas bôeres nos dias 23 e 24 de janeiro de 1900. Ela ocorreu em uma colina chamada Spion Kop, localizada na região de Natal, na África do Sul. Os bôeres eram uma população colonial mais antiga que entrou em guerra com o Império Britânico, que estava tomando controle do país.
Os colonos de origem holandesa, francesa e alemã haviam estabelecido as repúblicas do Transvaal e do Estado Livre de Orange. Durante a guerra eles lançaram um cerco à cidade de Ladysmith, onde milhares de tropas britânicas estavam encurraladas. Sob o comando do general Sir Redvers Buller, os britânicos planejavam capturar Spion Kop, uma posição estratégica que dominava o terreno ao redor. A posse da colina daria aos britânicos vantagem tática sobre os bôeres.
Na noite de 23 de janeiro, as tropas britânicas escalaram a colina e inicialmente acreditaram ter conquistado uma posição estratégica. Contudo, uma combinação de fatores, incluindo neblina espessa e uma avaliação imprecisa do terreno, fez com que eles ocupassem apenas parte da colina, deixando posições críticas vulneráveis. Quando o sol nasceu, os bôeres, bem armados e conhecedores do terreno, começaram a bombardear as forças britânicas.
O combate foi brutal e confuso, com ambos os lados sofrendo pesadas baixas. As condições eram terríveis, com soldados enfrentando calor, sede e ferimentos graves. A liderança britânica também foi caótica, com ordens contraditórias e uma falta de coordenação geral. O terreno elevado acabou favorecendo os bôeres, que mantiveram suas posições contra os ataques britânicos.
No final do dia, os britânicos, exaustos e desmoralizados, abandonaram Spion Kop, deixando a colina sob controle dos bôeres. As baixas britânicas foram pesadas, com estimativas de cerca de 1.300 homens mortos, feridos ou capturados, enquanto as perdas dos bôeres foram significativamente menores.
A batalha se tornou um exemplo dos desafios enfrentados pelo Império Britânico na luta contra os bôeres, que eram guerreiros determinados, altamente móveis e experientes no uso do terreno em batalhas defensivas. Além disso, a batalha destacou falhas na liderança militar britânica, que precisou se adaptar às novas realidades da guerra moderna.