“Israel” está enfrentando um grande “cansaço” com a guerra após mais de um ano de conflito em Gaza, relatou o Washington Post no domingo (24). A ausência de centenas de milhares de homens convocados para o serviço militar está impactando a economia do país, observou o jornal.
O jornal afirma que “cada vez mais, alguns [reservistas israelenses] estão optando por não se apresentar, colocando mais pressão em um exército já sobrecarregado“. Nadav Shoshani, porta-voz das forças de ocupação sionistas, estimou na semana passada que o número de alistamentos militares diminuiu cerca de 15% desde outubro do ano passado.
Um reservista israelense anônimo que serve nas forças especiais disse ao jornal que sua unidade de 12 homens agora está reduzida a cinco, depois que sete de seus companheiros se recusaram a se apresentar.
“Parece que o governo está me fazendo pedir à minha esposa um fim de semana com os amigos em Las Vegas, mas, na verdade, é para passar semanas no Líbano defendendo o país”, disse ele.
O Washington Post também afirmou que muitas mulheres israelenses tiveram que reduzir suas horas de trabalho, pois estão gerenciando sozinhas suas casas e filhos. Isso, somado ao grande número de reservistas homens sendo convocados por longos períodos, afetou negativamente a produtividade no país.
Gayil Talshir, analista política da Universidade Hebraica, concluiu que “onde quer que você olhe – a crise econômica, o impacto sobre os reservistas e suas famílias e, claro, os mortos e feridos – a sociedade israelense está definitivamente no limite de sua capacidade”.