Com a velocidade de um raio, Valter Pomar “respondeu” uma longa matéria em que explico as bases para a política defendida pelo PCO em torno das liberdades democráticas.
Ocorre, porém, que ele não refuta nenhum dos nossos argumentos.
Em relação à liberdade de expressão diz apenas que “Numa sociedade dividida em classes, defender os direitos de uns implica em restringir os direitos de outros.” O que é apenas e tão somente uma tolice. Se defendo, por exemplo, o direito de voto para as mulheres, não estou proibindo o direito de voto para homens. Se dou ao povo o direito de falar, não estou tirando nada de ninguém, a não ser dos autoritários.
Nessas bobagens anda a esquerda brasileira hoje em dia. Não é à toa que nenhum único argumento nosso foi respondido. Para debater, é preciso ideias.
O objetivo de Pomar é causar escândalo. É aquilo que os seus amigos identitários chamariam, em inglês mesmo, de slutshaming. Seu argumento é o seguinte. PCO defende Musk, Musk é bilionário e de direita, ergo o PCO está do lado errado. Não, meu caro Pomar, como disse na matéria, defender uma posição política não é o mesmo que defender uma pessoa ou partido; é defender uma posição política.
O curioso é que ele aplica o critério acima, que não valeria para nós, ao caso dele e do PT, dizendo que defender a censura não é defender a política de Alexandre de Moraes. No entanto, ninguém viu exatamente a política de Pomar ou do PT, somente as ações ilegais, inconstitucionais e autoritárias de Alexandre de Moraes, defendidas por Pomar e pelo PT. Não me lembro, por exemplo, de nenhum dirigente do PT defender o nosso partido quando foi cassado por Moraes nas redes sociais.
Finalmente, esperaremos até o dia do juízo final um desses marxistas mostrar que a censura é a posição do marxismo.