Na última segunda-feira, estudantes de medicina da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) foram registrados cantando a seguinte letra:
“Eu como c… / Eu chupo t… / Vou enfiar meu p… na sua b…/ (…) Vou arr… suas pregas / Você vai enlouquecer / Agora vai abrindo as pernas / Porque eu vou te f… / É f… para c… / É p… de um tesão / É Med, é Med Unaerp Ribeirão!”
Por conta disso, a universidade afirmou que está avaliando punir os alunos pelo que foi considerado como um “hino” machista. Leia, abaixo, nota oficial da Unaerp na íntegra:
“A reitoria da Universidade de Ribeirão Preto – Unaerp e a coordenação do curso de Medicina lamentam e repudiam veementemente a atitude de alguns alunos e alunas que entoaram refrões, em via pública, com palavras e expressões violentas e ofensivas às mulheres.
Prezamos pelo empoderamento feminino, com respeito aos direitos humanos e à dignidade das mulheres. Nossa missão é fundamentada em princípios éticos e cristãos e consideramos a educação como a mais valiosa oportunidade de acesso aos benefícios de uma sociedade igualitária, evoluída e com justiça social.
A Unaerp afirma que não compactua com nenhuma manifestação vexatória e desrespeitosa, dentro ou fora do campus universitário, que possa colocar em risco os valores que nos guiam à evolução da civilização humana.
A Universidade de Ribeirão Preto informa ainda que as medidas cabíveis dentro da esfera de competência da Instituição serão tomadas.”
A reação da universidade, por si só, já é escandalosa. Afinal, quantas músicas de funk possuem letras mais explícitas e “machistas” que essa? Os estudantes deveriam ser punidos por cantar uma música? Decerto que não.
O mais absurdo é que o caso nem mesmo aconteceu dentro da universidade! Mas sim, em um bar próximo à Unaerp, tornando qualquer eventual punição um ato mais autoritário ainda, que atenta contra os direitos democráticos dos estudantes.