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Gabriel Araújo

Dirigente Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Editor da Tribuna do Movimento e do Boletim do Movimento. Militante do Partido dos Trabalhadores e colunista do Voz Operária-Rio de Janeiro.

Coluna

Uma resposta à pequena burguesia academicista

Intelectuais da esquerda pequeno-burguesa tentam usar títulos acadêmicos para se sobrepor aos verdadeiros militantes revolucionários

O grande Lênin, em seu livro “Que fazer”, destaca que, aos políticos a política, aos pedagogos a pedagogia.

Existem alguns elementos da academia que pensam que porque leram uma pilha de livros e artigos, e foram para Europa, já são iluminados para se tornar quadros políticos. Sendo que uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra. A política é uma atividade essencialmente prática, e não dá para fazer do ar-condicionado e das poltronas de couro dos gabinetes universitários.

Essa pequena burguesia acadêmica, sempre que algum quadro do proletariado tenta colocar uma formulação política, guiada por uma teoria e uma prática revolucionária, sem as firulas de falar por metáforas ou em latim, tenta ridicularizá-lo e dizer que não é uma constatação científica, porque para ser científico, na cabeça desses senhores, tem de ser referendado pela “ciência oficial”.

Esses senhores, não conseguem enxergar nem mesmo o que está ao seu redor, que dirá orientar o movimento popular para a luta por reforma urbana. Exemplo disso, é que a pauta da reforma universitária foi praticamente sepultada por esses senhores, pelo fato de que não querem acabar com as mordomias da hegemonia dos professores nas universidades. Hegemonia esta, de uma minoria burocrática, que é totalmente vinculada ao Estado capitalista, de maneira aproximada aos juízes, procuradores, assessores ministeriais e parlamentares, etc.

Enquanto isso, os estudantes pobres, sem-teto, negros, LGBTs, etc., comem o pão que o diabo amassou, com corte de bolsas, aumentos dos restaurantes universitários, perseguições políticas e entre outros ataques. Tudo isso ocorre sob o controle de quem? É claro que sob a chefia das reitorias (braço do governo nas universidades) e, por conseguinte, dos professores iluminados divinos, “científicos”.

Parte da burocracia da esquerda, e os elementos mais atrasados, caem na patética campanha burguesa de que devemos e queremos votar em um professor para presidente. Algo completamente ridículo. A título de memória, a última vez que tivemos um professor universitário pseudoesquerdista no Palácio do Planalto, esse verme deixou mais de 60 milhões de pessoas passando fome no país. E esse quadro social só foi alterado porque tivemos um operário torneiro mecânico e sem título de doutor na Presidência da República.

Como todos nós sabemos, Marx, Engels e Lenin, nada tinham a ver com a academia, assim como o socialismo científico. Os trabalhadores desenvolveram durante todos esses anos centenas de milhares de revistas, livros, jornais, panfletos, sites, congressos e seminários científicos, sem precisar do aval dos iluminados divinos e vão continuar desenvolvendo isso, porque esses espaços independentes são necessários para desenvolver o método científico revolucionário e também para construção da revolução socialista.

É preciso não abaixar a cabeça para esses almofadinhas e mostrar que os herdeiros de Miguel Lobato, de Zumbi dos Palmares e Carlos Marighella, são capacitados para elaborar formulações políticas de maneira científica e para além disso, são capacitados para realizar a tarefa histórica de livrar o país do domínio do imperialismo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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