No último dia 31, o ilegítimo e fantoche presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em uma entrevista à imprensa francesa, admitiu a realização de um referendo sobre as condições para colocar fim ao conflito com a Rússia. Zelensky descreveu a questão da integridade territorial da Ucrânia como “complicada” e disse que ela “não pode ser resolvida por um presidente, sem o povo ucraniano”.
Não parece ser muito séria a declaração do direitista presidente da Ucrânia, pois em nenhum momento o serviçal do imperialismo realizou qualquer consulta à população sobre, por exemplo, se o país deveria se integrar à aliança militar imperialista, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Isso sem mencionar outras decisões envolvendo o conjunto da população e de repercussão nacional para a Ucrânia.
A declaração de Zelensky é sintomática nesse momento de aguda crise do regime de Kiev, em particular do exército, pois é quase unânime entre especialistas militares que as forças ucranianas encontram-se em total colapso, incapaz de não somente dar continuidade ao combate que vem travando com o exército russo, mas vencê-lo, uma missão quase impossível em função da enorme superioridade militar das forças russas demonstrada no front de batalha.
A questão que envolve a integridade territorial ucraniana é complexa e, segundo o colunista norte-americano Ivan Eland, “a Ucrânia não vai conseguir recuperar o território perdido mesmo com a ajuda das armas ocidentais”.
De acordo com o Eland, “o público norte-americano está cada vez mais preocupado com as enormes despesas contínuas que os contribuintes estadunidenses estão tendo para apoiar a Ucrânia, enquanto os objetivos militares do governo de Kiev ‘parecem uma fantasia’”.
Projetando um futuro sombrio para a Ucrânia, o analista acredita que qualquer que seja o resultado das eleições norte-americanas (Trump ou Harris), nenhum dos dois manterá a mesma situação de ajuda aos ucranianos, pelo menos não nos moldes que hoje Biden sustenta. Ele ainda vaticinou que o ônus da guerra recairia inteiramente sobre a Europa.
Vale destacar que, recentemente, em junho, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou um conjunto de propostas para encerrar o conflito militar. Muito mais sensato e prudente que o impostor presidente ucraniano, o mandatário russo colocou na mesa as condições: “o reconhecimento do status da Crimeia, da República Popular de Donetsk, da República Popular de Lugansk, das regiões de Kherson e Zaporozhie como regiões russas, a consolidação do status não alinhado e livre de armas nucleares da Ucrânia, sua desmilitarização e desnazificação e o levantamento das sanções antirrussas” (Sputnik, 02/8).
Ora, é óbvio que a Rússia não irá abrir mão do que (re)conquistou nos campos de batalha, ainda mais considerando que se tratam de conquistas que dizem respeito ao desejo da população dessas regiões de se integrar à Federação Russa e não mais continuar sob o tacão da ditadura nazi-fascista ucraniana comandada por governos opressores, marionetes do imperialismo.
“A probabilidade de a Ucrânia, que é muito menor [tanto em termos de produção econômica quanto de população], mesmo com armas, tecnologia e treinamento fornecidos pelo Ocidente, recuperar completamente o seu território por meios militares parece um ‘sonho impossível’” (Sputnik, idem), afirmou o colunista norte-americano Eland.