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Rio Grande do Sul

Um plano emergencial para a luta contra a catástrofe 

Diante da devastação e do enorme sofrimento da maioria do povo, é preciso ir além da solidariedade para atender necessidades imediatas: organizar a mobilização do povo

A política de negligência em relação ao investimento na infraestrutura urbana, na prevenção de desastres e na defesa civil, bem como as privatizações criminosas das companhias estaduais de água e energia, dentre outras, implementadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) e seus comparsas, é a principal causa da tragédia no Rio Grande do Sul.

O governador tenta enganar o povo afirmando que investiu muito em prevenção a desastres, mas a verdade é que o orçamento para isso vem caindo a cada ano durante seu mandato. Foram 6,4 milhões em 2022, cinco milhões em 2023 e, só agora em 2024, após as sucessivas crises desastrosas devido às chuvas, aumentou para 117 milhões.

Leite e seus cúmplices da Assembleia Legislativa estão mais preocupados em pagar banqueiros e sustentar ricos. Esse governo, os empresários e os banqueiros, não irão socorrer o povo. É preciso que a própria população decida o que é prioritário, cada obra que deve ser realizada, cada necessidade imediata das pessoas prejudicadas etc.

É preciso um programa emergencial para socorrer as vítimas das enchentes e barrar os planos de destruição da direita contra o Rio Grande do Sul e todo o País.

Destacamos aqui alguns dos pontos apresentados pelo panfleto dos Comitês de Luta, no Rio Grande do Sul, com o título O desastre das cheias é um problema político, que está sendo distribuído em meio às atividades de solidariedade das quais os companheiros participam.

  • Organizar um comitê independente para estudar as causas das enchentes e as obras que não foram e precisam ser realizadas;
  • Garantir que todos tenham suas moradias reformadas ou, quando não for possível, realocadas.
  • Tarifa zero para água, energia e telefone nas áreas afetadas até normalizar a situação.
  • Tabelamento de preços e proibição de aumentos e confisco; se necessário, das empresas que estocarem gêneros de primeira necessidade.
  • Fim da política de austeridade, déficit zero!
  • Suspensão dos pagamentos de dívidas interna/externa, inclusive com o governo federal.
  • Suspensão da lei de responsabilidade fiscal;
  • Auxílio emergencial de, pelo menos, um salário mínimo para todos os que necessitem;
  • Reestatização de todas as empresas estatizadas;
  • Fora Eduardo Leite, genocida!

O governador tucano mostrou total sintonia com a política neoliberal do PSDB e de toda a direita: cortou verbas de prevenção e da defesa civil; privatizou empresas públicas essenciais e liberou os que os bancos e grandes capitalistas quisessem.

Agora, encena que está salvando o povo e diz que “não é hora de procurar culpados”.

Não é precisa procurar, todos já sabem: até pesquisa da burguesia divulgadas ontem aponta que 68% (só?) da população o considera como o maior responsável pela tragédia.

É preciso mobilizar a população pelo atendimento das necessidades de todos os atingidos e para colocar para fora o tucano e todos os responsáveis pelo sofrimento do povo, para que não se repita.

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