Capitulando diante do sionismo, o governo Lula, logo após a operação de 7 de outubro de 2023, emitiu um comunicado condenando a ação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) e declarando solidariedade a “Israel”.
Tal decisão foi contrária até mesmo à tradicional posição do Partido dos Trabalhadores (PT), de respeito ao chamado direito internacional. Com base nisso, o governo brasileiro nunca poderia ter condenado a ação do Hamas já pelo fato de que o direito internacional prevê que aqueles que estão sob ocupação de uma força estrangeira têm o direito de reagir, inclusive, de armas na mão.
Diferentemente do que inicialmente afirmou o governo brasileiro, um país que está esmagando uma população não tem o mínimo direito de autodefesa contra essa população. É uma política profundamente reacionária que, até agora, foi mantida pelo PT.
Por que o governo se posicionou dessa maneira? Por que Lula permitiu esse tipo de colocação? Muito tem a ver com a política que o PT segue no próprio terreno nacional, com a defesa arraigada de que os bolsonaristas que participaram dos atos de 7 de janeiro de 2023 são terroristas que fizeram parte de um movimento terrorista.
No momento em que foi deflagrada a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, o PT continuou sendo pressionado pela política do “antiterrorismo” e, com isso, deu razão a toda a direita que calunia o Hamas ao afirmar que se trata de um movimento terrorista.
Não faltam exemplos de que essa definição foi desastrosa. No final de 2023, a Polícia Federal foi intimada pelo Mossad, serviço secreto de “Israel”, a prender um brasileiro e um libanês sob acusação de “terrorismo”. Uma prisão que expressa que o Estado brasileiro está preparado para a “luta contra o terrorismo”. O mesmo pode ser visto pela deportação ilegal do palestino Muslim Abuumar, também acusado de ser um “terrorista”.