Na terça-feira, dia 7 de maio, o governo do presidente Democrata norte-americano, Joe “criminoso” Biden, confirmou relatos de que havia interrompido um grande carregamento de bombas de 2.500 libras que temia que “Israel” pudesse usar em uma grande operação terrestre na cidade de Rafá, no sul de Gaza, densamente povoada.
Não devemos esquecer, no entanto, que com o apoio norte-americano e do imperialismo mundial, “Israel”, em sua operação militar genocida e criminosa, desde o dia 7 de outubro do ano passado, já matou e feriu mais de 113.000 palestinos, a maioria deles crianças, mulheres e idosos indefesos. Cerca de 10.000 também estão desaparecidos em meio à destruição maciça e à fome.
Em meio a um oceano de desinformação, mentiras e uma intensa campanha da imprensa capitalista/sionista mundial para tentar desqualificar e criminalizar a ação heroica dos grupos (em primeiro lugar o Hamas) que fazem a resistência armada contra o Estado sionista e seu exército de estupradores e infanticidas, surgem vozes que, mesmo comprometidas com a ocupação ilegal e as ações militares assassinas israelenses, reconhece as dificuldades e o imbróglio em que “Israel” está atolado, desde o início do massacre em Gaza e nos demais territórios ocupados.
Em um raro e atípico momento de sinceridade, falando durante uma conferência em Tel Aviv, o porta-voz militar chefe do exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, descreveu Gaza como “um dos campos de batalha mais difíceis do mundo”, observando ainda que a operação militar em Rafah (caso aconteça) “não garante o fim dos ataques palestinos”. Acrescentou ainda que o “que aconteceu em 7 de outubro nos obriga a ser mais posicionados e a saber como aceitar críticas e, após o fracasso, assumimos a responsabilidade”.
“Planejamos uma guerra que duraria cerca de um ano. Gaza é talvez uma das áreas mais difíceis do mundo em termos de combate, intensidade e túneis que o Hamas cavou no subsolo”, enfatizou o graduado militar sionista.
O “fracasso” admitido pelo porta-voz militar israelense diz respeito ao fato de que “Israel” e o exército sionista não atingiram nenhum dos objetivos militares mais estratégicos, vale dizer, exterminar – como vociferaram – o Hamas e toda a resistência palestina. Todavia, decorridos mais de sete meses de ofensiva militar nos territórios ocupados (Gaza, em particular), o que o mundo inteiro vem presenciando (horrorizado) é o extermínio não do Hamas e seus soldados, mas de civis, mulheres, crianças (mais de 15 mil crianças assassinadas), além de uma destruição completa e total de residências, escolas, mesquitas, hospitais, templos religiosos etc.
A insustentável situação de crise na região, tendo como uma das motivações o fracasso militar israelense em sua cruzada para neutralizar o Hamas e o conjunto da Resistência, fez com que o próprio imperialismo (aliado de primeira hora do sionismo) fosse obrigado a “subir o tom” contra “Israel”, suspendendo inclusive o envio de armamentos de alto poder de destruição, bombas de fragmentação que vêm sendo usadas contra a população civil de Gaza.
Obviamente que não há nenhuma razão humanitária por parte do imperialismo para se ‘opor’ ao que o exército sionista vem fazendo em Gaza. O temor imperialista é no sentido da situação fugir completamente do controle, muito e principalmente em função do repúdio da opinião pública mundial e – o que é mais preocupante para o imperialismo nesse momento – as enormes e gigantescas manifestações estudantis nos EUA, Europa, Austrália, Japão etc, e que se espalham por outros cantos do mundo em protesto aos crimes do sionismo contra os palestinos.
O fato é que “Israel”(sionismo) e o imperialismo mundial se veem, neste momento, numa encruzilhada, cujo desenlace, tudo indica, será a derrota do principal aliado da burguesia imperialista na turbulenta região do Oriente Próximo.