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Editorial

Última coisa que o povo gaúcho precisa é da polícia

Nessa quinta-feira (20), o ministro Lewandowski autorizou a utilização da Força Nacional no Rio Grande do Sul

No início de maio, o “governador” do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pediu que o Ministério da Justiça aprovasse o uso da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em território gaúcho. Nessa quinta-feira (20), o ministro Lewandowski autorizou a utilização da FNSP no estado no apoio ao policiamento ostensivo e preservação da ordem por 30 dias.

A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), afirma que a autorização tem como objetivo reforçar a segurança, ordem pública e preservação das pessoas e do patrimônio do estado. O governo também enviou agentes da Polícia Federal (PF) para o Rio Grande do Sul.

Esta é a última coisa que a população gaúcha precisa. O que o ministro Lewandowski fez foi dar nas mãos de Leite, o vampiro neoliberal responsável pela devastação do estado, mais soldados para reprimir a população.

Finalmente, o motivo dado pelo governo estadual para justificar o seu pedido é uma farsa. Basta ver o que aconteceu no último domingo (16): cerca de 100 famílias foram expulsas de um prédio abandonado pelo estado, no Centro Histórico de Porto Alegre, por meio de uma ação brutal de despejo. Segundo relatos, a polícia foi violenta, recorrendo, inclusive, a esprei de pimenta.

É para isso que servem as “forças de segurança” que estão à disposição de Leite.

Enquanto isso, a população continua sofrendo as consequências do que a política neoliberal fez com o estado e com seu sistema de contenção de enchentes. O último boletim da Defesa Civil, divulgado no dia 14 de junho, dá conta de que 10.793 pessoas continuam em abrigos e 422.753 continuam desalojados.

Em alguns locais, as enchentes diminuíram. Em outros, voltaram a ocorrer. Eldorado do Sul, por exemplo, voltou a ficar alagada na quinta-feira (2). Uma moradora da cidade que teve sua casa inundada novamente demonstrou sua revolta: “ou faz esse dique, ou a gente vai embora daqui com a indenização […] Eles indenizam nós e acabam com essa cidade, porque a cidade, na verdade, já acabou, né?”.

Fato é que a situação da população ainda é a mesma. Suas vidas foram devastadas pelas chuvas e, agora, o governo federal precisa intervir de maneira enérgica para solucionar os seus problemas. E não enviar mais tropas para reprimirem o povo.

Trata-se da maior catástrofe de toda a história do Rio Grande do Sul, algo que não será resolvido com mais repressão. A primeira medida do governo, nesse sentido, deveria ser retirar Eduardo Leite do governo. A partir disso, é possível falar em uma solução de verdade para o problema.

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