A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) suspendeu eventos e instaurou uma sindicância para investigar a “dança erótica” realizada por uma travesti durante uma palestra acadêmica, afirmando que seu departamento jurídico estuda medidas judiciais para reparar os danos à imagem da instituição.
O caso ocorreu em 17/10, quando a historiadora e cantora Tertuliana Lustosa fez uma apresentação que incluiu uma dança erótica e a frase “Educando com o cu”, o que gerou críticas e ações legais nas redes sociais.
A UFMA notificou a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria Federal, e suspendeu os eventos organizados pelo grupo de pesquisa responsável até a conclusão da sindicância.
O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, comentou o caso. Seu principal argumento é que o identitarismo não usa o método de convencer as pessoas, é uma imposição dos monopólios que financiam essa ideologia. Rui afirma: “não que eu ache uma grande coisa a pessoa mostrar o rabo em um evento. Para mim, isso não significa nada, mas certas coisas precisam ser ditas. Você deve invocar a tolerância, a solidariedade humana. Se as pessoas forem coagidas a aceitarem esse tipo de coisa, não vai funcionar. Nunca funcionou, nem vai funcionar agora, nem com o apoio do imperialismo”.
Ele então comenta um caso histórico: “eu já citei várias vezes um caso histórico no meu programa. Na Alemanha, no século XIX, o chanceler Bismarck iniciou o que chamou de Kulturkampf, uma guerra cultural contra a Igreja Católica. Foi o governo alemão, o governo do imperialismo alemão, que não deu certo. A conclusão mais óbvia é que esse tipo de coisa não adianta. A religião não pode ser imposta ou retirada das pessoas. Não vai acontecer. O que precisamos é colocar as questões sociais em primeiro lugar: os interesses comuns dos trabalhadores, por exemplo”.