Na medida em que a incursão da Ucrânia na região russa de Kursk chegou a um impasse, vêm surgindo relatos de que Vladimir Zelenski pode estar disposto a recorrer a uma “provocação nuclear.”
Segundo a Sputnik, o regime em Kiev podem estar preparando a detonação de uma “bomba suja” – um dispositivo explosivo convencional carregado com material radioativo – como parte da campanha de provocações da Ucrânia contra a Rússia.
De acordo com relatos de autoridades russas, “ogivas especiais” preparadas para realizar esse ataque já foram entregues à região de Dnepropetrovsk.
A emissora russa considera que o ataque pode envolver ataques contra áreas de armazenamento de hastes de combustível nuclear usado, seja na usina nuclear de Kursk ou na usina nuclear de Zaporíjia.
A administração militar-civil russa para a região de Kharkov também relatou que vários militantes ucranianos capturados afirmaram que a Ucrânia planeja atacar instalações nucleares russas. A usina nuclear de Kursk e a usina nuclear de Zaporíjia foram apontadas como possíveis alvos desses ataques.
Uma fonte de segurança russa disse ao Sputnik que as forças ucranianas planejam atacar as usinas nucleares de Kursk e Zaporíjia usando munições com “ogivas contendo material radioativo”.
O ataque planejado pelas forças ucranianas nas usinas nucleares de Kursk e Zaporíjia está sendo supervisionado por serviços de inteligência ocidentais, principalmente do Reino Unido, disse Sergei Lebedev, coordenador do movimento clandestino pró-Rússia, ao Sputnik.
“De acordo com dados operacionais, que são confirmados por várias fontes, os banderitas estão planejando realizar um ataque com mísseis com armas da OTAN nas usinas nucleares de Kursk e Zaporíjia em um futuro próximo. As agências de inteligência ocidentais, principalmente as do Reino Unido, estão supervisionando o ataque terrorista. Mísseis de longo alcance não voam para seus alvos sem o conhecimento deles”, disse Lebedev, acrescentando que um grande número de jornalistas ocidentais se dirigiu para as regiões de Sumy e Zaporíjia.
Um grande número de jornalistas ocidentais viajou para Sumy e Zaporíjia em meio aos preparativos de Kiev para um ataque às usinas nucleares de Kursk e Zaporíjia, destacou Lebedev.
O pessoal da usina nuclear de Zaporíjia está garantindo totalmente a segurança da operação da instalação em meio a relatos de um possível ataque, disse a diretora de comunicações Yevgeniya Yashina.
“Nós estamos garantindo totalmente a operação segura da usina nuclear”, disse Yashina.
O analista político russo Rostislav Ishschenko sugeriu esta semana que uma provocação nuclear seria a única opção restante para a Ucrânia e seus patrocinadores ocidentais, já que uma provocação envolvendo armas biológicas pode facilmente sair do controle e uma provocação com armas químicas perdeu seu “potencial” após ser usada com muita frequência pelos EUA na Síria.
De acordo com Ishschenko, é improvável que a Ucrânia use uma bomba suja para esse tipo de provocação, pois implicar a Rússia, que controla um dos maiores arsenais nucleares do mundo, no uso de uma “arma de segunda categoria” seria simplesmente absurdo.
Assim, ele sugere que essa provocação poderia envolver “ogivas táticas americanas de baixo rendimento” detonadas em uma das grandes cidades da Ucrânia – Kiev, Dnepropetrovsk ou Odessa – a fim de culpar a Rússia por esse ataque.
“Esse ataque nuclear causaria morte e destruição suficientes para causar uma impressão extremamente negativa no mundo”, disse Ishschenko.
Outra possibilidade, observou o analista, seria o uso de várias ogivas de meia quilotonelada para destruir barragens e pontes no rio Dnepr, a fim de alegar que a Rússia tentou assim cortar as forças ucranianas na margem esquerda do Dnepr.