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Estados Unidos

Trump vence na Carolina de Sul e avança rumo à presidência

Donald Trump vence com facilidade Nikki Haley nas prévias na Carolina do Sul. O ex-presidente aproveitou para criticar a política de guerras e o fracasso dos EUA no Afeganistão

Trump vence na Carolina do Sul

Donald Trump derrota Nikki Haley nas primárias da Carolina do Sul e dá um passo importante ruma à reeleição, o que só aprofunda a crise do imperialismo.

Trump obteve aproximadamente 63% dos votos, contra 37% de Haley, que foi governadora da Carolina do Sul, uma diferença de 26 pontos. Com essa vitória, o ex-presidente recebe 29 votos pelo Estado, o que o aproxima de conseguir a nomeação para se tornar o candidato do Partido Republicano para a presidência da República.

Haley recebeu mais um duro golpe, pois ficou em terceiro lugar em Iowa, com quase metade dos votos do segundo colocado. Em New Hampishire, a candidata ficou 14 pontos atrás de Trump; em Nevada a diferença foi de quase trinta pontos para o ex-presidente.

Nikki Haley reconheceu a derrota e parabenizou Trump. A ex-governadora aproveitou para dizer que não desistirá da luta e agradeceu seus eleitores. “Eu sou uma mulher de palavra” – disse, o que significa que permanecerá na corrida até a Super Terça-feira.

Super Terça-feira

A Super Terça-feira, que desta vez ocorrerá no dia 5 de março, é o dia em que um grande número de estados realizam primárias e caucuses* presidenciais no mesmo dia. É um dos dias mais importantes do calendário eleitoral presidencial dos EUA. (*O caucus é o sistema, a reunião de membros de um partido político, para definir a escolha de delegados para convenções partidárias; e onde se debate e decide a plataforma do partido e se faz o endosso de candidatos para cargos públicos).

A data é importante porque um grande número de delegados está em jogo. Em 2024, mais de 1.300 delegados serão alocados na Super Terça-feira, o que representa cerca de um terço do total de delegados necessários para garantir a nomeação. Isso significa que os candidatos podem ter um grande impulso em sua campanha caso tenham um bom desempenho na Super Terça-feira.

Os candidatos que se saírem bem na Super Terça-feira poderão ter uma boa ideia de como será seu desempenho em todo o país, uma vez que muitos estados importantes irão participar, como Alabama, Califórnia, Colorado, Texas, Oklahoma, dentre outros.

Vitória pavimentada

Em seu discurso, após vencer o pleito, Trump disse que nunca viu o Partido Republicano tão unido como agora. “Nunca houve um espírito como este”. Segundo afirmou, foi uma vitória ainda maior do que esperávamos.

Trump dominou as cinco disputas republicanas que já foram realizadas: Iowa, New Hampshire, Nevada, Ilhas Virgens Americanas e Carolina do Sul. A próximas primárias serão em Michigan, na próxima terça-feira. Haverá uma série contínua de primárias e ‘caucus’ até a Super Terça-feira.

Até o momento, Nikki Haley conseguiu 17 delegados, contra 92 de Trump. Para conseguir a nomeação, um pré-candidato precisa obter 1.215 delegados. Mas, pelo andar da carruagem, a menos que ocorra algo muito inusitado, ninguém tira a nomeação de Donald Trump.

E o Talibã com isso?

Na sexta-feira, na Carolina do Sul, discursando para seus seguidores, Trump disse que o mundo inteiro ri dos Estados Unidos após a decisão de Joe Biden de retirar as Tropas do Afeganistão: “Quando pensamos no que passou no Afeganistão, em todas as coisas que ocorreram, nosso país passou por um inferno. O mundo inteiro ri de nós”.

Trump declarou que foi “o primeiro presidente em décadas, que não iniciou novas guerras. Em vez disso, trouxe de novo as nossas tropas”. Disse ainda que se estivesse cargo, no lugar de Biden, teria evitado o conflito na Ucrânia.

Um dos motivos de o imperialismo não querer Trump na presidência é a sua crítica aos gastos militares. A ocupação no Afeganistão custou a vida de 2.400 soldados norte-americanos e um gasto de US$ 2 trilhões. A dívida pública dos Estados Unidos supera os 34 trilhões de dólares, e não para de crescer, pois um de seus principais impulsionadores é o setor armamentista, que drena quantidades gigantescas de recursos públicos.

A derrota para o Talibã foi um duro golpe no imperialismo. À época, porta-vozes do grande capital, como o The Economist, previram que no mundo iria se iniciar uma verdadeira rebelião de países oprimidos pelos Estados Unidos, quando perceberam a debilidade do imperialismo para controlar um pequeno exército. De fato, de lá para cá, estamos acompanhando verdadeiras revoltas na África, no Oriente Médio, além da contundente ação da Rússia na Ucrânia.

Donald Trump representa o grande capital doméstico norte-americano, que entrou em choque com o grande capital internacional. Trump pretende diminuir os gastos com o setor armamentista e promete investir no mercado interno, a fim de reabilitar a economia. Trump atrai o nacionalismo de extrema-direita, é um fato, mas amplos setores da classe trabalhadora estão a reboque de sua política.

A esquerda nos Estados Unidos precisa avançar, precisa sair da sombra do Partido Democrata e apresentar uma alternativa real para a classe trabalhadora, esmagada ora pelos democratas, ora pelos republicanos.

As eleições nos EUA não são nada democráticas, impera ali a força e a ditadura do capital, e a esquerda precisa apresentar uma política independente, a única maneira de capitalizar e crescer diante da divisão cada vez mais acentuada na sociedade norte-americana.

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