Nesta terça-feira, 23 de janeiro, o ex-presidente Donald Trump venceu mais uma etapa das primárias republicanas para a disputa presidencial de 2024. Dessa vez, Trump venceu em New Hampshire, derrotando com uma folgada vantagem sua única concorrente restante, a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley. Até o fechamento desta edição, Trump tinha 54,6% dos votos, contra 43,1% de Halley, com 89% das urnas apuradas.
Ninguém esperava um resultado diferente. Trump já havia conseguido um resultado histórico na última primária, que ocorreu em Iowa, quando o ex-presidente obteve 52% dos votos. Historicamente, todo pré-candidato que vence em Iowa e em New Hampshire acaba se tornando o candidato republicano.
Diante de tal tradição, antes mesmo do resultado vir a público, Nikki Haley já havia dito que uma eventual vitória de Trump em New Hampshire não significaria a sua derrota definitiva.
Após o resultado, Haley afirmou que:
“Esta corrida está longe de terminar. (…) Eu sou uma lutadora. E sou briguenta. E agora somos os últimos de pé ao lado de Donald Trump”.
Em sua própria festa em Nashua, Trump abriu seu discurso zombando de Haley, chamando-a de “impostora” e dizendo: “ela está fazendo um discurso como se tivesse ganhado. Ela não ganhou… Ela teve uma noite muito ruim”.
Essa foi a primeira disputa sem a participação de Ron DeSantis, que renunciou em favor de Donald Trump. Segundo analisou Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), em sua participação mais recente no programa Análise Internacional, do Diário Causa Operária, a desistência não seria apenas um reconhecimento da inviabilidade de concorrer com Trump, mas também uma comprovação de que se opor ao ex-presidente seria uma posição muito impopular no Partido Republicano.
Agora, crescerá a pressão para que Nikki Haley desista, para que os republicanos possam se unir em torno de Trump. Haley, no entanto, prometeu continuar até a “Super Terça”, dia 5 de março, quando os republicanos em 15 estados e um território votam nas primárias.
A próxima disputa competitiva está marcada para 24 de fevereiro na Carolina do Sul, onde Haley nasceu e cumpriu dois mandatos como governadora. Apesar disso, pesquisas de opinião mostram que Trump terá uma ampla vantagem.



