A pesquisa do IBGE revela a desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro. Trabalhadores brancos recebem em média R$ 23 por hora, enquanto negros (pretos e pardos) ganham R$ 13,70, uma diferença de 67,7%. A disparidade é evidente em todos os níveis de escolaridade, sendo mais acentuada entre trabalhadores com ensino superior, onde brancos recebem 43,2% a mais. Além disso, a média salarial de brancos é de R$ 3.847, superando em 69,9% a dos negros, que é de R$ 2.264.
A informalidade e a subutilização também destacam a disparidade. Em 2023, 45,8% dos negros estavam em ocupações informais, contra 34,3% dos brancos. Além disso, a taxa de subutilização foi maior entre negros (21,3%) do que entre brancos (13,5%).
A desigualdade de sexo também é marcante. Homens ganham 26,4% a mais do que mulheres, com uma diferença no valor da hora trabalhada de 12,6%. Apesar de terem maior escolaridade, as mulheres enfrentam menor nível de ocupação (47,9% contra 67,9% dos homens), principalmente devido ao trabalho não remunerado, como cuidados familiares e domésticos.
Os dados mostram como os trabalhadores negros são ainda mais oprimidos, o mesmo vale para as mulheres. Um dos grandes fatores é o desemprego generalizado que existe no País. Os trabalhadores devem lutar pelo pelo emprego e outras conquistas, a libertação da classe operária é a única forma de libertar o negro.