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Correios

Trabalhadores ecetistas decidem greve por suas reivindicações

Trabalhadores em assembleia decidiram deflagrar greve a partir do dia 04 de abril pelo cumprimento do acordo com a empresa

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em assembleia realizada no dia 21 de março, deliberaram pelo indicativo de greve para o próximo dia 04 de abril. A decisão é uma resposta aos ataques da direção da empresa, que não vem cumprindo diversos pontos do Acordo Coletivo da categoria. 

“De acordo com o Sintect-DF, a estatal retirou o adicional de periculosidade para os motociclistas, e não reduziu os custos dos ECTistas no plano de saúde, como combinado nas negociações. Além disso, a promessa de realização de concurso público para reduzir a sobrecarga de trabalho, já está em níveis extenuantes, ainda não foi cumprida”. (Site CUT 22/03/2024)

Para a presidenta do Sintect-DF (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Distrito Federal), Amanda Corcino, a luta da categoria, além de exigir o que foi acordado e não cumprido pela direção da empresa, “é também pela redução dos custos do plano de saúde, pelo retorno do cargo de OTT, pelo fim do DDA e por melhores condições de trabalho”. (Idem)

Há uma brutal ofensiva reacionária contra os trabalhadores caracterizada por um violento arrocho salarial, com perdas de mais 40% em quase todas as categorias, ameaças de privatização, terceirização, milhares de demissões, corte de verbas destinadas à educação, saúde, saneamento básico e serviços essenciais de atendimento à população. Enfim, um ataque em regra às já precárias condições de vida das massas assalariadas.

A atual direção dos Correios se coloca em defesa dos interesses dos banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais, com o não atendimento das reivindicações dos seus funcionários.

Nesse mesmo sentido, o Banco Central, através do seu presidente, Campos Neto, um legítimo representante dos especuladores, mantém a taxa de juros nas alturas, impede que o governo Lula avance na política de investimentos, criação de emprego, além, é claro, de ser um fator do aumento explosivo da dívida pública cuja metade do Orçamento Federal vai parar no bolso de meia dúzia de parasitas capitalistas.

A direção do Banco do Brasil executa uma política de favorecimento do agronegócio, privilegiando a bancada ruralista no reacionário Congresso Nacional. Na Caixa Econômica Federal, com a nova presidência, cuja indicação foi do Presidente da Câmara Federal, o bolsonarista Arthur Lira, foi retomada a política de fatiamento do banco como forma de pavimentar o caminho da privatização. Isso acontece porque a burguesia está contra o governo e empareda o presidente da República, e o Congresso, sendo ele dominado pela direita, não se sente minimamente pressionado a votar a favor das medidas do governo Lula, que estão em choque com os interesses dos grandes capitalistas.

Isso mostra que, no sistema capitalista vigente no Brasil, os poderes políticos e econômicos estão a serviço de um reduzido grupo de magnatas e delinquentes que, inescrupulosamente, se utilizam do controle quase absoluto que exercem sobre o Estado e o governo, para manter seus privilégios às custas da exploração do suor e do sangue dos trabalhadores, principalmente os das estatais e do serviço público, que são as categorias mais duramente atacadas pela direita golpista.

Esta grave situação – agora mais do que nunca – deixa claro que os trabalhadores explorados, estão todos obrigados a lutar. Somente uma vigorosa mobilização do conjunto dos explorados poderá frear a ofensiva dos patrões e deles arrancar as reivindicações mais sentidas.

Nesse sentido, é de fundamental importância que os trabalhadores dos Correios se unam nacionalmente e com as demais categorias em luta (professores, servidores públicos, condutores, trabalhadores da saúde), visando fazer frente ao feroz ataque dos patrões. Organizar comandos de greve em todos os locais de trabalho, arma essencial para fazer avançar a mobilização, compostos por ativistas da categoria para visitar todas as dependências dos Correios e explicar pacientemente a situação grave que estão colocados os trabalhadores na perspectiva de uma greve verdadeiramente massiva para colocar os patrões na parede e as suas reivindicações sejam atendidas imediatamente.

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