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Bancários

Trabalhadores do BB, no seu Congresso, discutem a Previ

Fukunaga, presidente da Previ, ressaltou os riscos que as entidades dos trabalhadores, como os fundos de pensões fechados das estatais, sofrem diante do setor privado

No Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, que se realizou na cidade de São Paulo, em que foram discutidas as reivindicações a serem levadas para as mesas de negociação com os patrões, um dos temas mais debatidos entre os trabalhadores foi a questão do Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

Com a vitória de Lula para a Presidência da República, o mesmo, acertadamente, nomeou um representante legítimo dos trabalhadores, João Fukunaga, para a presidência do maior fundo de pensão das empresas estatais e dentre os fundos fechados da América Latina, a Previ, fundo esse que gerencia mais de R$272 bilhões em recursos dos seus mais de 200 mil associados. 

Com a nomeação, a direita golpista partiu para um violento ataque contra a indicação de Lula no intuito de tentar substituir a presidência da Previ por uma pessoa que tenha a tal da “capacidade técnica”, ou seja, os representantes do grande capital e dos banqueiros, cujo objetivo é única e exclusivamente abocanhar esses gigantescos recursos em benefícios próprios.

Um dos presentes na mesa, como convidado, sobre os fundos de pensões fechados foi justamente João Fukunaga, que antes de assumir a direção da Previ, foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e também coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil. Fukunaga, na sua exposição, ressaltou os riscos que as entidades dos trabalhadores, como os fundos de pensões fechados dos trabalhadores das estatais, sofrem com a continuidade de ataques de setores privados, por meio de entidades reguladoras e do Congresso Nacional. “Há um forte interesse, das entidades financeiras privadas, em gerir os recursos acumulados pelos trabalhadores nos fundos de pensão fechados“, disse. Além disso, Fukunaga alerta que um dos ataques é parte da discussão do novo arcabouço fiscal, com uma medida para taxação dos fundos de pensão fechados.

Além da presença do Presidente da Previ, a mesa contou com a participação da diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto, e do presidente da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão e de Autogestão em Saúde (ANAPAR), Marcel Barros. 

Paula Goto ressaltou, na sua intervenção, que este é o melhor desempenho da Previ nos últimos 10 anos e que, da mesma forma que João Fukunaga, vem sendo atacada devido a sua origem ser também do movimento sindical. Marcel Barros, por sua vez, fez questão de ressaltar que os verdadeiros donos dos fundos de pensão das estatais são dos trabalhadores, chamando “atenção para a necessidade de discutir a legislação vigente, especialmente o PLP 268/2016, que determina a contratação de pessoas de mercado para gerir os fundos de pensão, ‘como se nós, trabalhadores bancários, que somos, não estivéssemos no mercado'” (Site Contraf, CUT, 5/6/2024).

Todo mundo sabe que os fundos de pensão das estatais são parte da cobiça dos capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais que tentam a todo o momento tomar de assalto esse gigantesco patrimônio construído pelos trabalhadores e que só a eles pertence. 

Nessa Campanha Salarial dos Bancários, é preciso que os trabalhadores reajam contra os ataques da direita e é preciso exigir das direções sindicais uma verdadeira luta contra a tentativa dos banqueiros, e seus representantes nas instituições do Estado, de se apropriarem dos recursos dos trabalhadores.

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