A categoria bancária, a partir deste mês de junho, já se prepara para a sua campanha salarial de 2024, cuja data base da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria será no mês de setembro.
Como parte dessa preparação, entre os dias 4 e 6 deste mês, foi realizado, na cidade de São Paulo, o 34º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, para se discutir e aprovar as pautas de reivindicações que serão levadas nas mesas de negociações do Acordo Específico dos trabalhadores do Banco do Brasil junto à direção da empresa.
O 34º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, que foi realizado concomitantemente ao 39º Congresso dos Funcionários da Caixa Econômica Federal, contou com a presença de 250 delegados, eleitos pelas Federações Regionais do País, muito diferente de congressos anteriores cuja presença era mais expressiva, com delegados eleitos nas bases da cada sindicato, cujos congressos, tanto do Banco do Brasil, como da Caixa Econômica, contavam com a presença de cerca de 900delegados.
Mesmo com esse quadro reduzido de delegados, os debates e discussões foram extremamente limitados, a programação foi estabelecida apenas como forma de painéis nos dois primeiros dias, do tipo seminário, em que as mesas eram compostas por convidados para explanar um tema, como, por exemplo, Previdência, através de exposições. Depois, abria-se seis intervenções do plenário apenas para perguntas ou posições políticas.
Apenas no último dia, na parte da tarde, que foi a vez da “discussão” e votação das propostas “polêmicas”, ou seja, que não tiveram consenso entre as diversas forças políticas.
A insatisfação dos delegados pelo formato extremamente burocratizado do Congresso foi geral, com diversas manifestações da plenária da forma como foi conduzido os trabalhos.
Depois da “discussão” e votação das propostas polêmicas, na Plenária Final, foi a vez da votação das moções que, para que fossem para votação, era necessário a subscrição de, no mínimo, 10% dos delegados regularmente inscritos e apresentadas até às 17h do segundo dia do Congresso, ou seja, até o dia 5 de junho.
A Corrente Sindical Nacional Causa Operária, através de seus delegados eleitos para o Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, apresentou, junto à organização do congresso, depois de coletar as assinaturas necessárias, a moção contra o genocídio do povo palestino perpetrado pelos sionistas do Estado de “Israel”, cujo teor vai no sentido da manifestação do Congresso contra o genocídio promovido pelos sionistas de “Israel”, que já levou à morte mais de 35 mil palestinos, incluindo mais de 15 mil crianças e mais de 10 mil mulheres, além dos mais de 80 mil feridos.
A moção a favor do povo palestino foi aprovada por unanimidade na Plenária Geral dos bancários do BB, o que evidencia que os trabalhadores de forma geral são amplamente favoráveis à causa palestina, moção essa que, além da votação unânime do plenário, unificou todos os setores da esquerda presentes no Congresso dos Trabalhadores do Banco do Brasil.