Trabalhadores do Território da Capital Federal (FCT) e dos estados de Cross River, Nasarawa, Ebonyi, Kaduna e Zamfara iniciaram uma greve nesta segunda-feira (2), devido ao fracasso das negociações sobre o pagamento do novo salário mínimo nacional de ₦70.000. Apesar das tentativas de negociação por comissões estaduais, as lideranças locais do Congresso dos Trabalhadores da Nigéria (CTN) declararam prontidão para iniciar a paralisação.
Em Nasarawa, embora o governo tenha concordado em pagar ₦70.500, a falta de documentação oficial levou o CTN a manter a ameaça de greve. Em Kaduna, o governo declarou que já paga ₦72.000, mas o CTN ainda planeja aderir à greve, argumentando que ajustes salariais consequentes não foram considerados. O governo estadual alegou dificuldades financeiras devido ao aumento nos custos da folha de pagamento, que consomem grande parte de sua receita.
Outros estados enfrentam situações similares. Em Ebonyi, os trabalhadores acusam o governo de não implementar o novo salário mínimo, apesar de promessas feitas em setembro. Em Zamfara, a ausência do pagamento do mínimo também motivou a adesão à greve, enquanto em Cross River um acordo tardio foi alcançado na noite de domingo, mas sem confirmação oficial sobre a suspensão da greve.
A greve, convocada pela liderança nacional do CTN, reflete a insatisfação generalizada dos trabalhadores em relação à implementação do novo salário mínimo, um direito garantido pela legislação nacional, mas ainda cercado de disputas políticas e econômicas nos estados afetados.
Isso acontece em meio a grande crise política na Nigéria com o governo de Bola Tinubu, que assumiu em 2023 em meio aos grandes movimentos nacionalistas nos entornos da Nigéria.