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Campanha Salarial

Trabalhadores da Caixa rejeitam as migalhas dos banqueiros

Os burocratas "não contavam com a astúcia" dos trabalhadores quando, nacionalmente, os funcionários da Caixa Econômica Federal rejeitaram as propostas dos banqueiros

Os banqueiros tentam enfiar goela abaixo a proposta ultra rebaixada para a categoria bancária de 4,64% (3,91% INPC + 0,7% de “ganho real”) e, para isso, contam com a política de colaboração das direções sindicais que saíram prontamente em defesa dessa migalha dos banqueiros. Para que não houvesse qualquer tipo de mobilização, a burocracia sindical realizou uma verdadeira cruzada nos locais de trabalho, nos sites dos seus respectivos sindicatos locais, na tentativa de convencer o bancário que a proposta era boa e, até ameaçando o trabalhador que, se não fosse aprovada a proposta dos banqueiros a categoria correria o risco de perder todos os seus direitos com o fim da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), etc. e tal. Por fim, realizaram assembleias virtuais, sem a participação efetiva dos trabalhadores em carne e osso, ou seja, presencialmente, para que fosse feita uma verdadeira discussão no seio dos trabalhadores.

Só que “não contavam com a astúcia” dos trabalhadores quando, nacionalmente, os funcionários da Caixa Econômica Federal rejeitaram as propostas dos banqueiros.

Claro que a burocracia sindical tenta arrumar mil e uma desculpas para justificar o que está na cara de qualquer um que queira enxergar: os trabalhadores não aceitam mais um ataque dos banqueiros através do arrocho salarial. A proposta dos banqueiros, fica longe de atender às limitadas reivindicações impostas pelas direções do movimento e mais distante ainda das necessidades da categoria e das imensas possibilidades dos banqueiros, o setor patronal que mais ganhou dinheiro nos últimos períodos no País.

Os trabalhadores da Caixa estão sendo sistematicamente atacados pela direção da empresa,  a justificativa pela não aceitação do famigerado acordo proposto pela Fenaban é justamente o arrocho salarial, que a categoria está sofrendo. Em 2023, devido a mesma capitulação das direções sindicais, num acordo de dois anos, ou seja, até 2025, a categoria foi obrigada a arcar com o saldamento da dívida do Saúde Caixa (dívida essa que não foi feita pelos trabalhadores) que, em certas faixas salariais, estão sendo onerados em mais de dois mil reais. E aí, cabe a pergunta: como os trabalhadores irão sustentar as suas famílias com mais esse arrocho salarial?

A burocracia sindical através do seu Comando estão, logicamente, arquitetando uma saída na tentativa de pressionar os bancários da Caixa no sentido da aceitação da proposta dos banqueiros. Cabe aos funcionários da Caixa barrar qualquer tipo de manobra no sentido da aceitação dessa migalha de 4,64% e exigir das direções que organizem uma gigantesca mobilização no sentido de barrar a ofensiva dos banqueiros. 

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