Nos últimos meses a crise no continente europeu tem gerado diversas greves em muitos setores, alguns da produção e também na área de serviços. Essa semana foi a vez de uma empresa de aviação Lufthansa, que tem cede em diversas cidades alemãs.
A greve foi iniciada na madrugada do dia 7 de fevereiro de 2024 as 4hs da manhã, a paralisação durou 27 horas e contou com a adesão de mais de 90% dos funcionários. Houve o cancelamento da maioria dos voos e afetou mais de 100 mil passageiros.
A greve dos aviadores mostra a crise em que passa a Europa e os países imperialistas e a força de uma empresa grande que praticamente paralisou os voos entre as cidades da Alemanha. A crise do capital acaba rebaixando os salários dos funcionários, o sindicato dos aviadores, convocou a paralisação, a reivindicação é o aumento salarial de ao menos 500 euros por mês em contratos de um ano de duração, mais um abono de 3 mil euros de reposição da inflação.
A empresa Lufthansa argumenta que já deu aumentos salariais no passado e que ofereceu 13% mais salário e um pagamento único para repor a inflação em contratos com duração de três anos.
O setor vem sendo atingido por greves, um exemplo é a subsidiária da companhia, a Discover Airlines, que atravessou uma greve de pilotos que durou 48 horas. Na semana passada, foi a vez dos funcionários de outro seguimento, o de segurança, cruzaram os braços em 11 aeroportos alemães: Berlim, Bremen, Dresden, Düsseldorf, Erfurt, Frankfurt, Hamburgo, Hanover, Colônia, Leipzig e Stuttgart.
O capitalismo em sua fase terminal tem gerado uma maior exploração. Inclusive em setores das camadas mais privilegiadas dos trabalhadores, como é da aviação. As greves citadas são um sintoma do esfacelamento de economias como a alemã e um sinal da crise que se instala na Europa.