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Holanda

Torcedores sionistas se fazem de vítima após aterrorizar árabes

Israelenses atacaram propriedades de apoiadores da Palestina e agrediram pessoas antes de partida de futebol

Na noite desta quinta-feira (7), torcedores sionistas do time israelense de futebol Maccabi Tel Aviv invadiram a cidade de Amsterdã (Holanda), atacando propriedades de apoiadores da Palestina, agredindo pessoas e entoando cantos em defesa do genocídio perpetrado por “Israel” em Gaza.

Em seu ataque a propriedades, os torcedores fascistas roubaram bandeiras palestinas em residências, chegando mesmo ao ponto de queimar uma. Não se limitaram, contudo, ao ataque a propriedades. Segundo relatos e vídeos divulgados nas redes sociais, também entraram em confronto com cidadãos que se opuseram a suas ações de vandalismo. Um taxista também foi atacado pela horda sionista:

“Tudo começou quando retiraram uma bandeira palestina de uma fachada. Aí eles começaram a provocar e destruíram o carro de um taxista e espancaram eles mesmos o motorista”, relatou testemunha.

Segundo relatos, os israelenses foram vistos portando correntes de ferro, prontos para iniciar qualquer confusão. Além disso, eles lançaram fogos de artifício de maneira ilegal e cantaram músicas em defesa do genocídio na Palestina. Eles cantavam coisas como “deixe as FDI [Forças de Defesa de Israel] vencerem para f*der os árabes” e “não existem escolas em Gaza porque não sobrou nenhuma criança”.

“Eu moro em Amsterdã. Os sionistas de Macabi aterrorizaram ontem as nossas ruas. Eles atacaram casas muçulmanas, motoristas de táxi muçulmanos. Esses vídeos se tornaram virais em Amsterdã e um dia depois jovens muçulmanos se vingaram desses hooligans e agora estão se fazendo de vítimas”, afirmou o perfil ISHOWSUI no X.

Os ataques criminosos perpetrados pelos torcedores do Maccabi Tel Aviv ocorreram antes da partida contra o time Ajax, com os fascistas sendo protegidos pela polícia, afirmando “pessoas desconhecidas” seriam responsáveis por roubar bandeira palestina de loja. A polícia também protegeu os fascistas da reação popular de grupo de taxistas. Apesar da proteção, parte da população reagiu, defendendo-se dos agressores sionistas, fazendo-os provar do próprio remédio.

Ademais, durante o jogo, foi decretado um minuto de silêncio para as pessoas que morreram nas enchentes em Valência, na Espanha. Enquanto os torcedores do Ajax permaneceram em silêncio, os israelenses se recusaram a respeitar o momento, continuando com suas provocações.

Em outra manifestação de cumplicidade das autoridades holandesas com a ação fascista, a prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, declarou em reunião do conselho municipal “que não havia fundamento legal para proibir os torcedores do Maccabi de comparecerem ao jogo”, segundo noticiado pela emissora Al Mayadeen. Por outro lado, proibiu manifestação pró-Palestina nas proximidades do estádio onde ocorreu o jogo.

A Al Mayadeen também noticiou que soldados israelenses estavam entre os torcedores que organizaram as marchas provocativas e agressões em Amsterdã.

Apesar de vídeos e relatos mostrarem claramente quem são os agressores, “essa infestação fascista está se fazendo de vítima e esperando por transporte aéreo de volta para as colônias”, conforme noticiado pelo jornalista Max Blumenthal, editor do portal de notícias The Grayzone.

O primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, ordenou o envio de dois aviões para buscar os torcedores fascistas. Em defesa cínica dos agressores, o embaixador israelense Danny Danon, em publicação em sua conta no X, retratou os torcedores não como agressores, mas como vítimas de “pogrom”, que teriam sido agredidos por “apoiadores do terrorismo radical”, sequer mencionado que os israelenses deram início às agressões, à qual foi respondida à altura pela população.

A reação popular em Amsterdã, aos agressores sionistas, está sendo noticiada por autoridades sionistas e pela imprensa imperialista como sendo um caso de “antissemitismo”, uma falsificação cínica da realidade e uma demonstração de que a acusação de “antissemitismo” tem a finalidade de impedir a defesa do povo palestino e a reação popular contra agressões fascistas de “Israel” e israelenses, seja na Palestina, seja em outros países.

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