No dia 18 de novembro, estamos convocando uma manifestação em defesa da Palestina durante a cúpula do G20. A atividade visa demonstrar o apoio da classe trabalhadora brasileira ao povo palestino na luta contra o imperialismo.
Dia 18 de novembro
A proposta de manifestação durante a cúpula do G20 partiu dos militantes do Partido da Causa Operária em sua 37ª Conferência Nacional, sendo sua articulação e viabilização um dos pontos de encaminhamento da conferência.
Essa manifestação será uma continuidade do ato realizado no dia 30 de junho, como uma expressiva demonstração no Brasil contra o genocídio do povo palestino, reafirmando a posição contrária ao sionismo, majoritária no movimento sindical e popular.
Além disso, destacamos a reprovação em nosso país à política de intervenção das potências imperialistas do G7. Protestar contra a presença dos dirigentes e representantes dos países imperialistas é o mínimo que a esquerda dos países oprimidos pode fazer.
Uma política necessária
Nos últimos tempos, assistimos a uma capitulação histórica de Lula, até então o ponto mais baixo de sua política externa, que culminou na participação da Venezuela nos BRICS. Essa capitulação ao imperialismo igualou a política externa de Lula à de Bolsonaro, como pontuado por Maduro, reproduzindo “o ódio, a exclusão e a intolerância” e mantendo “a pior das políticas de Jair Bolsonaro”.
Diante dessa realidade, é necessário mobilizar a população para reafirmar o programa para o qual Lula foi eleito. Não podemos permitir que o imperialismo promova outro golpe político no Brasil, praticando um estelionato político com o governo Lula.
É essencial mobilizar em prol das condições de vida da população brasileira e das questões reais da classe trabalhadora, com uma mobilização ainda superior à que reconduziu Lula ao governo, para garantir que os interesses dos trabalhadores sejam atendidos.
Unidade contra o inimigo comum
Para isso, é preciso unificar todos os setores contrários ao imperialismo nesta frente de luta. Devemos unir quem deseja lutar, mesmo que com concepções diferentes, e retornar à luta política por questões reais e bandeiras objetivas, em vez das bandeiras morais da esquerda pequeno-burguesa.
A política identitária tem origem na direita e apenas a esta serve, pois divide a mobilização. Infelizmente, ela se tornou a regra para a esquerda pequeno-burguesa, que, assimilada pelo Estado burguês, abandonou a luta política em favor da disputa moral.
Essa divergência elementar transparece a todo momento. No Nordeste, temos travado uma luta intensa para mobilizar em torno da defesa da Palestina. Defender realmente a Palestina implica defender seus combatentes, algo execrado pelo imperialismo.
Essa divergência emerge constantemente, levando grupos pequeno-burgueses a utilizarem de artifícios para dividir a mobilização. Presenciamos duplicidade de atos e manifestos, com divisões sem qualquer justificativa, exceto a defesa dos combatentes do Hamas.
Chegamos ao ponto ridículo visto no jornal da UP, “A Verdade”, no artigo “Atividades marcam 1 ano de solidariedade ao povo palestino em Recife”. A atividade mais importante do dia em Recife, um ato em apoio à resistência palestina e à resistência camponesa ocorrido no dia 7 de outubro de 2024, no Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações de Pernambuco (SINTTEL-PE), foi substituída por uma entrevista em uma TV Web popular, no programa do Aragão, no bairro da Várzea.
Esse fato fala por si: essa é a política de disputar feudos da burocracia, uma política muito pobre, incapaz de trazer qualquer ganho à mobilização popular. Stálin foi nomeado por Trotsky como “o grande organizador de derrotas”; nesse ponto, esse grupo filo-stalinista se coloca como organizador de derrotas.
Temos o exemplo não nas práticas da esquerda pequeno-burguesa como o PT e UP, mas no ato vitorioso de 30 de junho. Nesse sentido, o PCO tem se colocado como o partido mais consciente da classe trabalhadora brasileira, e a experiência tem demonstrado a eficácia e eficiência de sua análise e práticas políticas.
Todos ao Rio de Janeiro no dia 18 de novembro
Por isso, somos forçados a ser repetitivos: é necessário convocar todos os manifestantes possíveis ao Rio de Janeiro no dia 18 de novembro. Devemos expressar a tendência de luta da nossa classe trabalhadora, tão sufocada pela política pequeno-burguesa presente na esquerda.
Assim como nas caravanas pela liberdade de Lula e nas eleições presidenciais de 2022, devemos mostrar ao imperialismo a capacidade de mobilização da esquerda com uma política independente.