Faltam apenas nove dias para o ato nacional em defesa do povo palestino, marcado para o dia 30 de junho, na Praça Oswaldo Cruz, em São Paulo. Convocado por mais de cem entidades, o ato promete ser um dos maiores em defesa do povo palestino que o Brasil já viu. Em entrevista a este Diário, Thiago Assad, militante do Partido da Causa Operária (PCO) e membro da equipe de convocação por telefone do ato, compartilhou detalhes sobre o trabalho de mobilização e as reações das pessoas ao serem convidadas para participar dessa histórica iniciativa.
“Destacamos sempre o papel horroroso do genocídio que está acontecendo lá, e isso sensibiliza muito o pessoal. Todo mundo quer fazer alguma coisa contra isso, principalmente quando lembramos que o principal grupo de morte são crianças” relatou Assad. A indignação com a situação e a vontade de agir são sentimentos comuns entre aqueles que são contatados pela equipe de convocação.
Uma parte significativa do trabalho de convocação envolve explicar a situação para aqueles que não estão totalmente informados. “Muitas pessoas, especialmente do público mais humilde que trabalha muito, não estão cientes dos detalhes do conflito. Quando explicamos a quantidade de mortes de crianças e mulheres, a reação é de horror e repúdio”, explicou Assad, mencionando casos como o de uma cozinheira e de trabalhadores de aplicativos que, ao entenderem a gravidade da situação, expressaram um forte desejo de participar da manifestação.
Assad também destaca que, nas panfletagens realizadas nas ruas, a empatia do povo brasileiro com a causa palestina é clara. “Vemos nas ruas que as pessoas estão mais dispostas a defender o povo palestino do que outras causas políticas recentes”, assinalou. Nas ligações, a aceitação é praticamente unânime.
A equipe de convocação está conseguindo alcançar uma taxa de confirmação alta para o ato. As conversas são geralmente rápidas, pois muitas pessoas já têm uma posição favorável em relação à Palestina e só precisam ser convidadas. Este cenário promete uma participação significativa no ato de 30 de junho, refletindo a solidariedade do povo brasileiro com a luta palestina.