A cidade maravilhosa sofre mais uma vez com a destruição neoliberal. No domingo (14), as chuvas levaram a alagamentos em diversos bairros, a situação foi tão crítica que 12 pessoas morreram na enchente. Os bombeiros ainda procuram pessoas desaparecidas. O presidente Lula reconheceu situação de emergência na cidade do Rio de Janeiro por conta das fortes chuvas e emitiu uma medida que permite repassar recurso do governo federal para as prefeituras.
Outro indício de que situação foi crítica é que o governador bolsonarista Cláudio Castro, que tem o título de governo com mais chacinas policias na história, voltou de suas férias nos Estados Unidos para fazer demagogia. Ele disse que ligou para os prefeitos de todas as cidades fluminenses atingidas pelo temporal. Declarou que 2.400 bombeiros militares trabalham nas buscas, tendo realizado 208 salvamentos de vítimas, além de suporte com inundações, desabamentos e deslizamentos. Drones e cães farejadores ajudam no trabalho.
É a tradicional demagogia da direita que existe no Rio de Janeiro há séculos. O próprio Lima Barreto, que nasceu em 1881, cita em suas famosas crônicas as enchentes que assolavam o Rio de Janeiro. A segunda cidade mais rica do Brasil, no Estado onde há uma das maiores reservas de petróleo do planeta, comparada ao de países do Oriente Médio como o Cuaite, não tem a capacidade de se preparar para as chuvas que acontecem todos os anos!
O neoliberalismo, na realidade, destruiu ainda mais o Rio de Janeiro. A infraestrutura da cidade vem piorando cada vez mais desde a criminosa operação Lava Jato. A tendência, apesar da fala solene do governador que se “solidariza com as famílias das 12 vítimas que tivemos até agora”, é que, ainda esse ano, morram muito mais pessoas. Na cidade de Petrópolis, em 2022, ao menos 241 pessoas morreram em uma enchente. Há diversos casos semelhantes em todo o estado.
Enquanto não houver grandes investimentos em moradia e infraestrutura da cidade, os brasileiros seguirão morrendo por problemas que foram erradicados em grande parte do mundo há mais de 150 anos. Esse é o resultado do saque imperialista que assola o estado e todo o País.