Nesta quarta-feira (6), o órgão de imprensa britânico The Economist, um dos porta-vozes da burguesia imperialista, noticiou que as deserções de soldados ucranianos continuam aumentando, reproduzindo informações fornecidas por fonte do estado-maior de Kiev. Segundo The Economist, cerca de um em cada cinco soldados desertou das forças armadas, em razão das sucessivas derrotas ucranianas no fronte.
Diante desta situação, Vladimir Zelenski, presidente não eleito da Ucrânia, e o parlamento ucraniano, decidiram estender até 2025 a lei marcial em vigor desde 2022 e a mobilização forçada de cidadãos ucranianos.
A mobilização forçada é uma tentativa desesperada de manter a agressão imperialista contra a Rússia. Conforme The Economist, o exército ucraniano “está lutando para substituir as perdas no campo de batalha com recrutamento”. No entanto, mal atingiu “dois terços de sua meta”, apesar do governo ucraniano ter modificado o sistema de mobilização recentemente, diminuindo a idade de recrutamento e instituindo punições mais severas para aqueles tentarem evadir à mobilização forçada.
A revista britânica, em seu relatório, tenta, contudo, mostrar que a situação não estaria perdida, afirmando que não haveria “nenhuma indicação” de que os ucranianos estariam na iminência de desistir do combate, pois Kiev teria armas suficientes para resistir e terreno suficiente para recuar se as coisas correrem mal.
Contraditoriamente, The Economist já cogita a possibilidade de um acordo de paz, especialmente diante da eleição de Donald Trump, que, em declarações, se mostrou contra a manutenção da guerra de agressão, chegando a afirmar que acabaria com o conflito em “24 horas”. A revista afirma que um acordo de paz evitaria “um impasse sangrento na melhor das hipóteses, uma derrota na pior”.
Apesar da revista imperialista citar um “impasse sangrento”, inferindo que as baixas das Forças Armadas Russas seriam equivalentes às das Forças Armadas Ucranianas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou recentemente que “apesar dos ataques, das ondas intermináveis de mobilização total em vilas e cidades ucranianas, o regime atual acha cada vez mais difícil enviar reforços para a linha de frente. A mão de obra do país está se esgotando”.